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Israel/Faixa de

Após ataque, premiê de Israel anula encontro com Obama

Após as reações ao ataque israelense à frota de barcos que levava material humanitário para a Faixa de Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cancelou sua visita a Washington e decidiu retornar a Israel. Em um breve comunicado, o premiê defendeu a ação do exército israelense, que causou a morte de pelos 19 pessoas.

Após ataque, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu decidiu voltar a Israel.
Após ataque, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu decidiu voltar a Israel. Reuters
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Já o chefe das Forças Armadas de Israel, Gabi Ashkenazi, disse que os soldados foram recebidos com violência e agiram em legítima defesa. Ashkenazi acrescentou que a marinha foi surpreendida pela resistência encontrada em uma das embarcações quando militares tentavam desviar a expedição para o porto de Ashdod, no sul de Israel.

O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, afirmou que os responsáveis pelas mortes no incidente são os próprios organizadores da expedição, que chamou de provocadora. Segundo ele, os ativistas recusaram a oferta de Israel de entregar ajuda humanitária aos palestinos por meio da ONU. Israel nega que haja uma crise humanitária na Faixa de Gaza e alega que a missão de paz foi, na verdade, um golpe publicitário contra o país.

Em reação ao ataque, diversos protestos foram organizados nas cidades de Nazareth, Um el Fahem. Mais cedo, o líder do Hamas em Gaza, Ismail Hanieh, pediu que os palestinos declarassem um dia de fúria e protestos contra Israel. A polícia israelense está em alerta máximo em todo o país.

Ainda nesta segunda-feira, o presidente palestino Mahmoud Abbas reunirá seu governo para discutir o que chamou de massacre cometido por Israel. Abbas declarou três dias de luto oficial na região.

Os cerca de 750 passageiros das embarcações capturadas comecaram a ser recebidos em um centro montado no porto de Ashdod. Os ativistas que concordarem em deixar os navios serão identificados, e deportados.

Aqueles que se recusarem, serão transferidos para uma prisão em Beer Sheva, no sul do país. Segundo a imprensa israelense, muitos ativistas jogaram seus passaportes no mar, para dificultar a identificação e deportação.
 

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Nathalia Watkins, correspondente da RFI em Jerusalém

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