Dossiê nuclear iraniano domina reunião da AIEA
Yukiya Amano, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, declarou que a AIEA continua à espera de uma posição oficial dos Estados Unidos, França e Rússia sobre acordo para o Irã de intercâmbio de urânio de baixo teor, mediado por Brasil e Turquia. Os 35 governadores da agência estão reunidos em Viena, Áustria.
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O compromisso mediado pelo Brasil e Turquia prevê que o Irã envie urânio para ser enriquecido na Turquia. Em troca, Teerã deve receber urânio enriquecido a 20% para ser utilizado em um reator nuclear.
Em Paris, o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, disse que a resposta conjunta já está pronta e deve ser enviada nos próximos dias à AIEA. Ele não comentou qual seria a posição exata da França, Estados Unidos e Rússia, mas insinuou que a resposta ao acordo turco-brasileiro não será "muito positiva".
As potências ocidentais acusam o Irã de tentar dissimular seu programa nuclear para produzir a bomba atômica. Washington, com apoio de Paris e Londres, defende uma nova série de sanções contra Teerã e diz ter obtido também o apoio de Pequim e Moscou, até então reticentes.
Na próxima semana, o Conselho de Segurança da ONU e os cinco membros permanentes com poder de veto - Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China - devem analisar um novo projeto de sanções contra Teerã.
Israel também será outro tema importante durante a reunião do Conselho de Governadores da AIEA. Sob pressão dos países árabes, a agência vai analisar, pela primeira vez desde 1991, as atividades nucleares do estado hebreu. Israel é considerada uma potência nuclear, embora nunca tenha confirmado oficialmente possuir a bomba atômica.
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