Afeganistão tem reservas minerais de US$ 1 trilhão
Geólogos americanos localizaram reservas de cobre, ferro, ouro, cobalto, nióbio e lítio, no país arrasado por sucessivas guerras. Em entrevista ao jornal americano The New York Times, o comandante das forças americanas no Iraque e no Afeganistão, general David Petraeus, disse que o potencial da descoberta é inestimável.
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Embaixo do relevo acidentado do Afeganistão e de sua paisagem de guerra e miséria, dorme um Tesouro de riquezas minerais estimado em 1 trilhão de dólares. A existência de reservas de cobre, ferro, ouro, cobalto, nióbio e lítio, suficientes para fazer do Afeganistão um dos maiores exportadores mundiais de minerais, acaba de ser confirmada por uma equipe de geólogos americanos e responsáveis do Pentágono.
A caça ao Tesouro afegão remonta aos anos 80. Durante a ocupação soviética, geólogos da antiga União Soviética estabeleceram cartas geológicas que, depois da retirada do Exército Vermelho, ficaram escondidas com geólogos afegãos até 2004. Quando os americanos encontraram essas cartas, há seis anos, eles aprofundaram as buscas. No início do ano, o presidente afegão, Hamid Karzai, já havia comentado o potencial das reservas, que podem transformar um dos países mais pobres do mundo num rico exportador de minerais. Dois obstáculos podem, no entanto, inviabilizar esse projeto: a escassez de infraestrutura no Afeganistão e a batalha de lobbies estrangeiros para se apoderar dessas riquezas.
A França confirmou a realização de uma conferência internacional no dia 20 de julho, em Cabul, para a definição das políticas de exploração do minério afegão. Os Estados Unidos têm o mapa da mina. Só em reservas de lítio, mineral usado em baterias de celulares e computadores, o Afeganistão teria reservas suficientes para destronar a Bolívia e se tornar a Arábia Saudita do lítio.
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