Israel rejeita exigências palestinas para novo diálogo

As condições impostas pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para o início das negociações diretas entre israelenses e palestinos são inaceitáveis. A declaração foi feita por um membro do governo de Israel, nesta quarta-feira.

O vice primeiro-ministro de Israel, Sylvan Shalom. AFP

Israel não parece disposto a ceder às diversas exigências da Autoridade Palestina para retomar um diálogo direto. A declaração foi feita hoje pelo vice-primeiro ministro do país, Sylvan Shalom.

Entre as principais reivindicações estão a retirada total das tropas de Israel na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, o fim da construção de novos assentamentos na região, além da manutenção do mesmo traçado das fronteiras de antes da guerra de 1967 para as futuras fronteiras do Estado palestino. Segundo Shalom, os palestinos também buscam obter concessões de Israel através da pressão americana e do restante da comunidade internacional. Mahmoud Abbas também espera que as discussões sejam retomadas do ponto em que foram suspensas em 2008, antes da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, na época em que Ehud Olmert era primeiro-ministro de Israel.

Nesta quinta-feira, os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe se reúnem no Cairo para discutir a retomada do processo de paz e Mahmoud Abbas deve se pronunciar contra as negociações diretas. Para ele, não houve progressos suficientes, desde a intervenção do emissário norte-americano George Mitchell, que justifiquem uma evolução nas negociações.

Em visita aos Estados Unidos no dia 6 deste mês de julho, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu avanços em nome da paz. Mas seu governo se recusa, por exemplo, a prorrogar a moratória interrompendo a colonização em alguns setores da Cisjordânia, que termina no dia 26 de setembro.