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Paquistão/enchentes

Enchentes no Paquistão afetam 4,5 milhões de pessoas, segundo ONU

As enchentes no Paquistão afetam 4,5 milhões de pessoas, segundo a ONU. Mais de 250 mil casas foram destruídas. As águas avançam para o sul, atravessando uma das regiões mais pobres do país, e se aproximam da Índia.

Pontes e estradas estragadas depois das inundações no Paquistão, aqui a cidade de Medain.
Pontes e estradas estragadas depois das inundações no Paquistão, aqui a cidade de Medain. A Majeed /AFP
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Lucien Adedo, em colaboração para RFI.

Diante das tempestades que persistem e o agravamento das enchentes que devastam o país, o governo do Paquistão decretou estado de alerta máximo. A catástrofe, que por enquanto afetou mais de quatro milhões e meio de paquistaneses, fazendo 1600 vítimas fatais, já começa a chegar à vizinha Índia.

São as piores inundações dos últimos 80 anos no país. Mais de quinhentas mil pessoas já foram retiradas de suas casas na província de Sindh, no sul. "As chuvas intermináveis agravaram a situaçõe nas regiões já inundadas", afirmou Saleh Farooqui, diretor-geral da Secretaria de Gestão de Catástrofes de Sindh. "As pessoas foram obrigadas a deixar suas casas devido às inundações e agora elas devem enfrentar outros problemas por causa das chuvas", acrescentou Farooqui.

O exército paquistanês participou no socorro às vítimas, pois as organizações civis não dispõem de recursos suficientes para a tarefa. Em algumas das regiões afetadas, helicópteros foram acionados para resgatar habitantes presos nos telhados de suas casas, quase totalmente submersas. Muitos seguem desabrigados e correm o risco de serem realojados em outro local. "Nós não temos mais nada, ninguém nos deu um centavo sequer", lamentou um criador de gado de Sindh.

Enquanto isso, o presidente Asif Ali Zardari continua fora do país, razão pela qual sofre fortes críticas no Paquistão. Depois de uma passagem pela França, onde se encontrou com o presidente Nicolas Sarkozy e visitou uma propriedade de família na região da Normandia, Zardari foi a Londres para reunir-se com o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

As recentes acusações de Cameron de que o Paquistão exporta terrorismo para os vizinhos Índia e Afeganistão alimentou a tensão antes do encontro na capital inglesa. O governo paquistanês chegou a chamar o embaixador britânico em Islamabad para explicações. Ontem, Londres desmentiu os boatos de que Zardari teria recusado o convite para passar a noite em Chequers, local da segunda residência do premiê. O motivo alegado para a recusa teria sido a agenda cheia do presidente paquistanês.

Ignorando os apelos para voltar ao Paquistão, Asif Ali Zardari participará amanhã de uma convenção de seu partido, o Patido do Povo do Paquistão, em Birmingham. O encontro deverá ser a ocasião para lançar a carreira política de seu filho, Bilawal Zardari Bhutto.
 

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