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Irã/Nuclear

Irã rebate críticas e diz que pode recusar inspetores nucleares

O chefe da Agência Nuclear Iraniana, Ali Akbar Salehi, respondeu hoje às críticas do último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que reclama da falta de cooperação de Teerã. O relatório, que será apresentado no dia 13, em Viena, indica que a recusa iraniana em aceitar inspetores nucleares está prejudicando as atividades da agência no Irã.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, visita a usina nuclear de  Natanz, a 270 km de Teerã.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, visita a usina nuclear de Natanz, a 270 km de Teerã. AFP
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Em junho deste ano, Teerã impediu a entrada de 2 inspetores da AIEA em seu território. O governo iraniano acusou os especialistas de fornecer falsas informações sobre o desaparecimento de um importante equipamento nuclear em instalações na capital. Ali Akbar Salehi afirmou que o Irã tem o direito de escolher os inspetores da agência que serão autorizados a inspecionar as instalações atômicas do país.

O documento da Agência Internacional de Energia Atômica indica que uma solução para a crise nuclear no Irã é urgente e insinua que teme o desenvolvimento rápido do programa nuclear com fins militares, apesar de Teerã insistir no caráter pacífico das suas atividades.

Além disso, segundo o informe, o país continua produzindo urânio de baixo grau de enriquecimento, apesar da quarta rodada de sanções impostas em junho pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, teme que o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad esteja tentando desenvolver a bomba atômica, sob o disfarce de um programa nuclear com fins civis. Uma tentativa de acordo foi feita este ano, com mediação do Brasil e Turquia.

No dia 14 de maio, o presidente do Irã assinou um acordo com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, para a troca de urânio. Teerã concordou em enviar urânio para ser enriquecido no exterior, em troca de combustível para um reator nuclear para pesquisas médicas, mas os termos do acordo foram considerados insuficientes pela comunidade internacional.

 

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