Encontro da Interpol em Paris discute uso da internet por terroristas
Chefes de polícia de 45 países, entre eles representantes do Brasil, estão reunidos desde ontem em Paris para discutir a utilização da internet por redes terroristas. O seminário é organizado pela Interpol.
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Enquanto o governo e as autoridades da França estão mobilizados contra ameaças de terrorismo no território francês, chefes de polícia de 45 países discutem durante encontro de dois dias, na capital francesa, a utilização da internet por terroristas. Os 140 policiais de várias nacionalidades trocam experiências sobre formas de prevenção com o objetivo de fortalecer a rede de informações da Interpol. O adido da Polícia Federal na embaixada do Brasil, delegado Jorge Pontes, e o agente da PF Carlos Arouck acompanham os debates.
Delegado Jorge Pontes, Adido da Polícia Federal na embaixada do Brasil em Paris
O banco de dados da Organização Internacional de Polícia Criminal já conta com dez mil nomes de suspeitos e acusados de terrorismo. "A ameaça é global, virtual e, às vezes, bate à nossa porta", alerta o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble. Ele explica que cada vez mais pessoas são recrutadas pela internet para ajudar nos planos de terroristas, às vezes mesmo sem saber. A maioria são jovens de classe média sem ficha na polícia.
O secretário-geral da Interpol explica que é cada vez mais difícil prender pessoas envolvidas com o terrorismo, principalmente as recrutadas pela internet, pois na maioria das vezes elas não cometem crimes previstos em lei. De acordo com a organização, o número de sites de extremistas teve um enorme crescimento nos últimos anos. Em 1998, eles eram apenas 12 e, atualmente, chegam a 4.500.
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