China admite reunificação entre Coreias, revela WikiLeaks
A China declarou hoje que o vazamento de informações sigilosas pelo site norte-americano WikiLeaks não deve, em princípio, perturbar as relações com os Estados Unidos. Pequim espera que Washington saiba gerenciar corretamente a crise.
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O governo chinês ficou em situação delicada com a divulgação da informação de que a China estaria pronta para abandonar a Coreia do Norte e aceitaria a reunificação da península coreana.
A informação foi publicada pelo jornal britânico The Guardian, a partir de um telegrama diplomático enviado pelo vice-ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Yung-Woo, para o embaixador americano.
Na mensagem, o diplomata sul-coreano afirma que a China não será capaz de sustentar o regime norte-coreano após a morte do ditador Kim Jong-il. O telegrama também afirma que o Partido Comunista Chinês não considera mais a Coreia do Norte como um aliado útil e confiável.
Telegramas revelados pelo Wikileaks também indicam que a China continua insistindo na proposta de uma retomada urgente das negociações sobre o programa nuclear norte-coreano, proposição rejeitada pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul após os bombardeios norte-coreanos da semana passada.
De acordo com os documentos, Pequim teria proposto relançar as discussões internacionais no início de dezembro com representantes dos 6 países negociadores, ou seja, China, Estados Unidos, Rússia, Japão e as duas Coreias. O governo chinês indicou, entretanto, que a proposta não significa "a retomada oficial das negociações", interrompidas no primeiro semestre de 2009.
O Japão, que tem se mostrado reticente com relação à retomada das discussões, enviou nesta terça-feira a Pequim um emissário para discutir o assunto com o governo chinês
“Nós consideramos as negociações importantes, mas a Coreia do Norte não esconde suas instalações nucleares e ataca uma ilha sul-coreana e , em seguida, quer retomar as discussões?”, questionou o ministro japonês das Relações Exteriores, Saiji Maehara.
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