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Líbia/Crise

Kadafi diz que a Líbia está "totalmente calma" em entrevista à tevê sérvia

Muammar Kadafi ignora as sanções adotadas no sábado pelo Conselho de Segurança da ONU ao seu encontro e afirma, em uma entrevista concedida neste domingo a uma televisão sérvia, que não está acontecendo nada em seu país. "A Líbia está totalmente calma", disse Kadafi, que voltou a acusar a Al Qaeda de estar orquestrando os ataques contra a população.

Um mini-ônibus transportando refugiados egípcios deixa a Líbia.
Um mini-ônibus transportando refugiados egípcios deixa a Líbia. Reuters
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O ditador líbio disse à Pink TV que conta com o apoio de seu povo. "Os mortos estão sendo vítimas de gangues de terroristas", declarou Kadafi. Ele disse ainda que apenas um pequeno grupo de rebeldes contesta o seu regime, assinalando que esses opositores estão cercados.

As forças de Kadafi continuam perdendo terreno na Líbia. Nas últimas horas, a oposição tomou o controle de Zauwiah, cidade localizada 50 quilômetros a oeste de Trípoli, e já se manifesta em alguns bairros da capital. Em Bengazhi, a oposição tenta estruturar suas ações e anunciou neste domingo a criação de um Conselho Nacional que deve ser a vitrine política de um futuro governo livre do ditador.

Ontem, por unanimidade, o Conselho de Segurança da ONU, impôs sanções às viagens e aos bens de Kadafi e seus assessores próximos, aumentando a pressão para que ele deixe o poder. Neste domingo, o Reino Unido determinou o congelamento dos bens de Kadafi e de seus familiares, como já fizeram os Estados Unidos.

A situação dos refugiados, que fogem da Líbia temendo uma sangrenta guerra civil, continua crítica. Segundo uma estimativa do Alto Comissariado para Refugiados da ONU, 100 mil pessoas já deixaram a Líbia depois de quase duas semanas de violência. O número de mortos já se aproxima de 2 mil pessoas.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse neste domingo que os Estados Unidos estão tentando se aproximar de grupos de oposição que buscam derrubar Kadafi. Hillary viajou para Genebra, onde se reunirá nesta segunda-feira com aliados europeus e diplomatas de países árabes e africanos, na esperança de chegar a um acordo sobre uma posição comum em relação à rebelião que ameaça dar fim ao governo de 41 anos do ditador líbio.
 

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