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Líbia/Ataque Ocidental

Para a Liga Árabe, operação na Líbia vai além dos objetivos iniciais

A operação, autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, foi criticada pelo secretário geral da Liga Árabe, Amr Moussa. Ele considera que os ataques ocidentais vão além do objetivo estabelecido pela ONU.

Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe, criticou a ação ocidental na Líbia.
Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe, criticou a ação ocidental na Líbia. Monique Mas/RFI
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A segunda fase da operação foi lançada na madrugada desta segunda-feira, em meio à críticas da Liga árabe. O secretário geral da organização, Amr Moussa, anunciou que quer fazer uma reunião de urgência com os países árabes para discutir a situação na Líbia. Para ele, os ataques da coalizão sob o território líbio vão além do objetivo inicial da operação, que era de estabelecer uma zona de exclusão aérea para proteger os civis. Mas segundo a análise do almirante americano Michael Mullen, a primeira fase da operação “Odisseia do Amanhecer” foi um sucesso e possibilitou o bloqueio aéreo líbio e o avanço das forças de Kadafi na direção de Benghazi.

O porta-voz do ministério francês, Laurent Teissere, disse que a França está cumprindo somente o que estava imposto na resolução 1973, votada pelo Conselho de Segurança da ONU e aprovada pela Liga Árabe, que ofereceu quatro aviões do Qatar para a operação. Paris também disse não ter informações sobre vítimas civis dos ataques realizados pela coalizão internacional ocidental na Libia.

O ministro da defesa britânico, Liam Fox declarou que um país árabe iniciaria uma operação dentro de 48 horas. Fox disse que conversou neste domingo com um dirigente árabe, do qual ele preferiu não revelar a identidade, e que este respondeu positivamente à sua proposta de participação ativa na operação.

O secretário da defesa dos Estados-Unidos, Robert Gates, se pronunciou neste domingo dizendo que seria insensato ter como alvo da operação o dirigente líbio, Muammar Kadafi. O representante da Casa Branca disse que alguns países discutiam a organização no comando da operação, mas que gostaria de deixar claro que os Estados Unidos têm apenas um papel militar na operação, e não dominante. Para o secretário americano da defesa a coalizão está cumprindo à risca a resolução da ONU e os resultados tem sido positivos.

O almirante americano Michael Mullen também comemorou dizendo que a primeira fase da operação foi um sucesso e que a milícia pró-Kadafi não estaria mais avançando em direção à Bengazhi.

Com a colaboração de Bruna Sá. 
 

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