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Japão/ nuclear

Autoridades japonesas proíbem consumo de alimentos contaminados

O reator 3 voltou a expelir uma coluna de fumaça preta nesta quarta-feira, obrigando a retirada temporária dos funcionários que trabalham na usina. A prefeitura de Tóquio proibiu nesta quarta-feira o consumo de água da região por bebês, devido ao nível duas vezes superior à norma de iodo radioativo.

Proibida a comercialização de legumes e leite provenientes de Fukushima e Ibarati, onde elevada radiação foi detectada.
Proibida a comercialização de legumes e leite provenientes de Fukushima e Ibarati, onde elevada radiação foi detectada. Reuters
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O Japão continua com sérias dificuldades para controlar os reatores da usina nuclear de Fukushima. O reator 3 voltou a expelir uma coluna de fumaça preta nesta quarta-feira, obrigando a retirada temporária dos funcionários que trabalham na usina.

A prefeitura de Tóquio proibiu nesta quarta-feira o consumo de água da região por bebês, devido ao nível duas vezes superior à norma de iodo radioativo. Em Fukushima, no nordeste do país, a 250 km da capital, local onde fica a central nuclear em crise, as autoridades locais detectaram índices anormais de radioatividade no leite não-pasteurizado e em onze vegetais. Na prefeitura de Ibaraki, ao lado de Fukushima, o nível anormal foi registrado no leite cru e em três vegetais.

O governo japonês ordenou a proibição de consumo de alimentos dessas regiões, principalmente espinafre, brócolis, repolho e couve-flor. Segundo um porta-voz, mesmo se o consumo desses produtos for pontual, sem prejuízo para a saúde, o risco de que a situação se prolongue fez com que o governo lançasse a proibição desde já.

A inquietação sobre a segurança alimentar se estende para o exterior. Os Estados Unidos proibiram a importação de derivados de leite, verduras frescas e frutas originárias de quatro regiões japonesas. Na Europa, a França pediu à Comissão Europeia a imposição de controles sistemáticos sobre os produtos frescos vindos do Japão. Na Ásia, os consumidores começam a evitar produtos e restaurantes japoneses.

Os custos do terremoto seguido de tsunami do último dia 11 pode chegar a 300 bilhões de dólares, segundo informou hoje o governo japonês. O número de vítimas ultrapassa 24 mil, entre mortos e desaparecidos.

As perspectivas negativas da economia japonesa fizeram a bolsa de Tóquio fechar em queda de 1,65%.
 

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