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Síria/ONU

França desafia vetos e pedirá resolução condenando a Síria

A comunidade internacional aumenta a pressão para obter sanções contra o regime de Bashar Al Assad. A França decidiu desafiar eventuais vetos no Conselho de Segurança da ONU e vai pedir a votação da resolução condenando a repressão na Síria. Situação no país é confusa. A repressão ao movimento de contestação ao regime continua e, segundo a tevê estatal, combates violentos entre homens armados e forças governamentais no noroeste do país teriam causado a morte de 120 soldados.

O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé Reuters
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As ameaças de veto da Rússia e da China tinham conseguido paralisar até agora a discussão no Conselho de Segurança da ONU da resolução condenando a repressão na Síria. Mas o ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, acredita que uma maioria de países é favorável ao projeto e decidiu que vai pedir a votação da resolução.

"Pelo menos 11 dos 15 países que integram o Conselho podem adotar o texto e essa porcentagem pode levar a Rússia a mudar de ideia, estima Alain Juppé." Para o chanceler francês, que está em Washington, "o processo de reforma prometido pelo regime sírio foi enterrado e o presidente Bashar Al Assad perdeu toda a legitimidade".

O projeto de resolução, proposto no final de maio por Paris, Berlim, Londres e Lisboa, exige o fim imediato da repressão contra os manifestantes na Síria e pede a cooperação das autoridades sírias com o inquérito da ONU sobre a violação dos direitos humanos no país.

A violência contra o movimento de contestação ao regime sírio, iniciado em 15 de março, matou até agora mais de mil civis segundo balanço de ONGs de direitos humanos.Nas últimas horas, confrontos armados entre manifestantes e forças governamentais em Djisr el Choghour, cidade do noroeste da Síria, deixaram ao menos 120 soldados mortos, informaram fontes oficiais. A Turquia revelou hoje que 40 sírios fugindo da repressão chegaram ao país

AIEA

A Síria também é alvo de críticas da Agência Internacional de Energia Atômica. O diretor da AIEA, o japonês Yukiya Amano, confirmou que o país é acusado de ter construído um reator nuclear e de não cooperar com as inspeções internacionais. O caso será discutido na quarta ou quinta-feira pela agência da ONU em Viena e um projeto de sanções pode ser elaborado.
 

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