Praça Tahrir é palco de novas manifestações pró-democracia no Egito
Milhares de pessoas saíram às ruas no Cairo nesta sexta-feira, em protestos que tomaram a praça Tahrir, no centro da capital. Os egípcios pedem mais rapidez nas reformas democráticas, além de sanções contra os membros do antigo regime do ex-presidente Hosni Mubarak.
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As principais manifestações desta sexta-feira foram realizadas na praça Tahrir, no Cairo, um dos locais que marcaram a revolta popular que resultou na queda do ex-presidente egípcio em 11 de fevereiro. Milhares de pessoas saíram às ruas com faixas pedindo a punição dos próximos do governo. “A revolução continua e continuará enquanto os assassinos e corruptos não forem julgados”, podia-se ler em alguns cartazes.
Os militantes criticam o Conselho supremo das forças armadas, entidade que dirige o país desde a saída de Hosni Mubarak, que estaria atrasando os processos de julgamento dos membros do regime. Os egípcios também pedem que os policiais envolvidos na repressão dos protestos de janeiro, quando cerca de 850 pessoas morreram, sejam castigados. Por enquanto apenas um deles foi condenado à revelia.
A maioria dos movimentos políticos egícios participa das manifestações desta sexta-feira. Mesmo se a concentração foi convocada por jovens que defendem a democracia e por partidos laicos, a Irmandade Muçulmana apoiou a iniciativa. Além dos protestos na capital, passeatas foram registradas em Suez e Alexandria.
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