Palestina estuda estratégia a seguir na ONU

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apresenta nesta sexta-feira em Ramallah, na Cisjordânia, a proposta de adesão de um Estado Palestino à ONU, a poucos dias do início da assembleia anual das Nações Unidas, em Nova York. Israel reforçou o policiamento no território palestino temendo manifestações de apoio a Abbas.

O presidene da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Reuters/Mohamad Torokman

Os palestinos ainda não decidiram se vão arriscar a confrontação com os Estados Unidos, aliados históricos de Israel e que já anunciaram o seu veto no Conselho de Segurança, ou se vão recorrer à Assembleia Geral das Nações Unidas na próxima semana.

Evitando o Conselho de Segurança e optando pela Assembleia Geral, o território palestino não se tornaria um membro pleno da ONU, recebendo um status de Estado não-membro, mesmo caso do Vaticano. A votação seria em grande parte simbólica, reconhecendo a Palestina como Estado, mas sem dar os mesmos direitos que os membros da organização.

O representante palestino na ONU, Riyad Mansour, diz que a decisão ainda não foi tomada. Nenhum projeto de resolução foi entregue ao secretário-geral Ban Ki-moon, e diplomatas da ONU acreditam que haveria pouca chance de um Estado palestino ser declarado na próxima semana nas Nações Unidas.

O jornal oficial chinês China Daily destacou nesta sexta-feira que se os Estados Unidos utilizarem seu veto para bloquear o pedido de adesão da Palestina às Nações Unidas, causará tensões ainda mais vivas no Oriente Médio.

A China confirmou recentemente que apoia a causa palestina, por considerar que este é um direito legítimo e promoveria a paz na região. O apoio de Pequim dá força ao pedido palestino, já que a China é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.