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Palestinos/ONU

Palestinos convocam protestos para apoiar pedido de Abbas na ONU

A sexta-feira deve ser marcada por manifestações de apoio a Mahmoud Abbas na Cisjordânia. Apesar da oposição americana, o presidente da Autoridade Palestina deverá pedir o reconhecimento do estado na ONU. Prevendo protestos violentos, Israel reforçou a segurança e colocou milhares de policiais nas ruas, além das forças armadas.

O presidente da Autoridade Palestina Mahmoud  Abbas na ONU, no dia 21 de setembro de 2011.
O presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas na ONU, no dia 21 de setembro de 2011. ©Reuters.
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A comunidade internacional aguarda com grande expectativa o discurso do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que deve solicitar a adesão da Palestina como membro da ONU, o que implica em um reconhecimento do estadoAbbas deve pronunciar seu discurso na ONU nesta sexta-feira às 13h30, horário de Brasília.

Nesta quinta-feira, milhares de pessoas foram às ruas de Ramallah, na Cisjordânia, para apoiar a iniciativa do líder palestino e protestar contra a posição do presidente americano Barack Obama. Durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização, Obama declarou que os palestinos merecem um estado, mas através de um acordo pacífico com Israel. Os Estados Unidos já deixaram claro que vão vetar o pedido dos palestinos no Conselho de Segurança.

A comunidade internacional teme um aumento da violência na região. Manifestantes palestinos convocaram uma nova série de protestos para esta sexta-feira, em frente às embaixadas americanas nos países árabes. Moutawakil Taha, responsável do Ministério Palestino da Informação, declarou que os "42 anos de vetos dos americanos possibilitaram a Israel impor apartheid na região. O discurso de Obama desmascarou a América que ousa apoiar a Revolução Árabe", comentou.

Os principais jornais das Cisjordânia também criticaram o discurso de Obama, que revoltou os palestinos. Em Israel, o governo se prepara para violentas manifestações e vai mobilizar 22 mil policiais em todo o país. O nível de alerta passou para 3, um nível abaixo do alerta em tempos de guerra. As forças armadas também estão de prontidão e 1500 soldados foram enviados para a Cisjordânia.

Palestinos devem obter status de observador

Com o veto americano, os palestinos não poderão obter status de membro de pleno direito no Conselho de Segurança, mas a questão poderá, de qualquer forma, ser levada à Assembleia Geral, onde eles possuem cerca de 127 votos dos 193 países membros. Mahmoud Abbas poderá, assim, obter o reconhecimento da Palestina como estado observador, a exemplo do Vaticano. O que já representa uma evolução em relação aos status atual, de entidade observadora.

Essa solução intermediária foi defendida nesta quarta-feira pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy também fez um apelo nesta quinta-feira para a retomada das negociações entre os dois países. Já a secretária de estado norte-americana HIllary Clinton declarou que, independentemente do que acontecesse, "Os Estados Unidos se concentrariam no futuro."
 

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