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Irã/Israel

Irã ameaça destruir Israel em caso de ataque às instalações nucleares

O chefe-adjunto das forças armadas iranianas ameaçou “destruir” Israel caso o país atacasse suas instalações nucleares. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 9 de novembro, após o presidente israelense cogitar uma possível ofensiva contra Teerã. A comunidade internacional está cada vez mais preocupada com o programa nuclear do Irã após a divulgação de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica. Mahmoud Ahmadinejad reafirmou que não vai mudar o seu programa de enriquecimento de urânio.

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad disse que não vai mudar seu programa nuclear.
O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad disse que não vai mudar seu programa nuclear. REUTERS/President.ir/Handout
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Um dia após a divulgação pela Agência Internacional de Energia Atômica de um relatório sobre as atividades nucleares iranianas e pouco depois de o presidente israelense cogitar uma possível ofensiva contra Teerã, a tensão aumentou entre o Irã e Israel. O chefe-adjunto das forças armadas iranianas, Massoud Jazayeri, disse nessa quarta-feira que seu país iria “destruir” Israel em caso de ataque às suas instalações atômicas. “O centro nuclear (israelense) de Dimona é o local mais acessível. Ao primeiro sinal de ação de Israel (contra o Irã), nós procederemos à sua destruição”, disse o militar. No último sábado, o presidente israelense Shimon Peres disse que um ataque contra o Irã era cada vez mais plausível. Tel Aviv teme que o Irã esteja construindo uma arma atômica.

O relatório divulgado pela AIEA reacendeu o temor da comunidade internacional sobre as atividades nucleares iranianas. O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, considera que o Conselho de Segurança da ONU deve ser acionado para avaliar "sanções duras" e "sem precedentes" contra o Irã.O documento da AIEA afirma que ter "sérias preocupações" sobre o programa nuclear do país, que estaria trabalhando para construir uma bomba atômica.

Em Bruxelas, a chefe da Diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou que as conclusões da agência "agravam seriamente" os temores da comunidade internacional sobre o verdadeiro objetivo do programa nuclear iraniano, que é anunciado como civil pelas autoridades do país. Já as autoridades chinesas pediram mais cooperação e diálogo diante da possibilidade de novas sanções contra Teerã. 

Nesta quarta-feira, o Irã reiterou que "não abandonará jamais" o seu programa nuclear, considerado pelo país como "um direito legítimo". O governo iraniano estima que a publicação das críticas pela agência é "um erro histórico". 

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