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Rússia/Irã

Rússia diz que relatório sobre Irã foi manipulado

A Rússia se declarou contra a adoção de novas sanções contra o regime iraniano. Em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo russo afirma que não há nada de novo no relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), divulgado nesta terça-feira.  

O chanceler iraniano Ali Akbar Salehi, durante uma visita a Bengazi, na Líbia.
O chanceler iraniano Ali Akbar Salehi, durante uma visita a Bengazi, na Líbia. Reuters/Esam Al-Fetori
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De acordo com o comunicado, o documento é uma compilação de fatos conhecidos, que ganharam uma interpretação mais "política." O texto ainda critica o teor do relatório, e afirma que "quando não há provas convicentes, os autores utilizam suposições e suspeitas, e trabalham as informações com o objetivo de criar a impressão de que existe "uma suposta intenção militar no programa nuclear iraniano."

O governo russo faz alusão ao argumento utilizado pelos Estados Unidos em 2003 para invadir o Iraque, que estaria em posse armas de destruição massivas. Para justificar sua guerra contra o terrorismo, o então presidente George W. Bush criou, em 2002, a expressão 'eixo do mal' , incluindo países que, segundo ele, possuíam a bomba atômica.

O relatório da AIEA, diz a Rússia,  foi concebido para "acabar com qualquer esforço da comunidade internacional para resolver o problema diplomaticamente." No documento, a agência indica que o Irã já conhece todas as etapas necessárias para a fabricação de uma bomba atômica, apesar de afirmar que seu programa é pacífico. Depois da divulgação do relatório, diversos países reagiram, inclusive a França e Grã-Bretanha, que defendem novas sanções contra o país.

Para os Estados Unidos, é preciso aumentar a pressão sobre as autoridades iranianas.  Todas as possibilidades serão analisadas, segundo um porta-voz do departamento de estado, Mark Toner. Para o vice-chanceler russo, Guennadi Gatilov, "as sanções contra o Irã serão interpretadas como um instrumento para mudar o regime” e são “inaceitáveis." Ele reiterou que o diálogo é o único caminho possível. A Rússia é membro permanente tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.
 

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