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Síria/EUA

Robert Ford, embaixador americano na Síria, volta para Damasco

O embaixador dos Estados Unidos na Síria, Robert Ford, está voltando para Damasco depois de passar seis semanas em Washington. Ele foi retirado da capital da Síria em outubro por questões de segurança. Os Estados Unidos acusaram o governo do presidente Bashar al-Assad de tentar intimidar o embaixador – em setembro partidários de Assad atiraram ovos e tomates em Ford e tentaram invadir o seu escritório.

O embaixador americano na Síria, Robert Ford, durante reunião com o presidente Bachar Al-Assad.
O embaixador americano na Síria, Robert Ford, durante reunião com o presidente Bachar Al-Assad. REUTERS/Sana/Files
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Raquel Krähenbühl, correspondente da RFI em Washington

O embaixador vinha desagradando o ditador sírio por fazer criticas públicas ao seu regime autoritário e por mostrar solidariedade aos manifestantes pró-democracia - ele esteve presente inclusive em pelo menos uma manifestação contra Assad. O Departamento de Estado disse que, chegando em Damasco, “Ford continuará fazendo o mesmo trabalho, ou seja, entregando a mensagem dos Estados Unidos para o povo da Siria, preparando um relatório sobre a situação no país e se engajando na sociedade para buscar maneiras de colocar um fim nas matanças e realizar uma transição politica pacífica”.

Para o governo, a presença do embaixador no país é a maneira mais efetiva de enviar a mensagem de que os Estados Unidos estão do lado do povo sírio. A presença de Ford na Síria faz parte dos esforços do presidente Barack Obama para tentar persuadir o país a mudar sua política em relação a Israel, Líbano e Iraque. Ele é o primeiro embaixador americano no país desde 2005, quando a administração Bush rompeu ligações com a Síria por causa do suposto envolvimento das autoridades no assassinato do ex-premiê do Líbano, Rafik Hariri.

Ainda nessa terça-feira, a secretária de estado americana, Hillary Clinton, se encontrou em Genebra com sete ativistas do Conselho Nacional Sírio. Ela insistiu que a transição democrática vai além do fim do regime de Assad e significa colocar a Síria no caminho da lei e proteger os direitos universais para toda a população. e acordo com as Nações Unidas, mais de 4 mil pessoas foram mortas em nove meses de repressão às manifestações pela democracia.

Embaixador francês também está de volta

As autoridades francesas também confirmaram que o embaixador na Síria, Eric Chevallier, voltam ao país para apoiar o povo contra a repressão do regime do presidente Bachar al Assad. "O regresso de nosso embaixador a Damasco não quer dizer que não existam mais temas de preocupação, muito pelo contrário. Mas seu trabalho na Síria é importante", disse o porta-voz adjunto do ministério francês das Relações Exteriores, Romain Nadal. Paris havia convocado seu embaixador Eric Chevallier em meados de novembro após vários ataques visando as instalações diplomáticas francesas no território sírio.
 

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