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Estados Unidos/Iraque

Obama e Maliki discutem nova aliança estratégica para o Iraque

O presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, discutem nessa segunda-feira em Washington o futuro das relações entre os dois países, a menos de três semanas da retirada completa das tropas americanas do Iraque. A falta de acordo entre o governo iraquiano e a OTAN vai fazer que o país comece o ano sem oficiais ocidentais em missões de treinamento das forças afegãs.

O premiê iraquiano (à esquerda) é recebido por Obama pela terceira vez desde sua eleição, em maio de 2006.
O premiê iraquiano (à esquerda) é recebido por Obama pela terceira vez desde sua eleição, em maio de 2006. Reuters
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Candidato à reeleição no ano que vem, Obama aproveita o encontro com o primeiro-ministro iraquiano para lembrar que ele cumpriu a promessa eleitoral feita em 2008 de retirar os soldados americanos do Iraque. Apenas 6 mil homens e funcionários da Defesa americanos permanecem atualmente no território iraquiano, concentrados em quatro bases militares, contra 170 mil soldados e 505 bases americanas em 2007 e 2008. O fim da ocupação impõe uma nova e "ampla aliança estratégica" entre Washington e Bagdá, disse o porta-voz da Casa Branca.

A partir de 31 de dezembro, todas as operações de segurança estarão nas mãos de 900 mil integrantes do exército iraquiano. Esse contingente está preparado para garantir a segurança interna, mas ainda carece de treinamento para defender as fronteiras, o espaço aéreo e as águas territoriais. Encerrado o ano, vão continuar no país apenas 157 militares e 763 empregados terceirizados pela administração Obama,  ligados a missões de treinamento e subordinados à embaixada americana em Bagdá. 

OTAN desiste de treinar oficiais iraquianos

Enquanto Maliki era aguardado na Casa Branca, o secretário-geral da OTAN, Anders Rasmussen, anunciou em Bruxelas o fim da missão de treinamento da Aliança Atlântica no Iraque a partir de 1° de janeiro. Por um acordo em vigor até o final do mês, em caso de incidente, os oficiais da OTAN que dão treinamento no Iraque só podem ser julgados por um tribunal militar da própria organização ou de seus estados-membros, mas não por um tribunal militar iraquiano. Após meses de negociações, o governo iraquiano se recusou a renovar esse contrato com a OTAN.

A aliança militar ocidental não participou da invasão de 2003 pela oposição da França, Alemanha e Bélgica à guerra declarada pelo ex-presidente George Bush, mas lançou no ano seguinte uma parceria para o treinamento das forças de segurança iraquianas a pedido de Bagdá. No final do ano passado, a OTAN mantinha 180 oficiais trabalhando no Iraque, a maioria italianos. Essa parceria pôde formar 5 mil soldados e 10 mil policiais, além de ter fornecido equipamentos militares de mais de 115 milhões de euros ao Iraque.

O responsável pela Segurança Nacional iraquiana, Falah Al-Fayad, lamentou que a OTAN tenha decidido encerrar as missões de treinamento que o próprio governo julga necessárias até o fim de 2013. 

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