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Coreia do Norte/ luto

Televisão norte-coreana exibe imagens do corpo de Kim Jong-il

Um dia após o anúncio da morte do ditador norte-coreano Kim Jong-il, a televisão estatal do país exibiu hoje, pela primeira vez, imagens do corpo do ex-dirigente, transportado para um mausoléu em Pyongyang. Seu filho Kim Jong-un, herdeiro da dinastia comunista, se recolheu diante do caixão do pai. Ao redor do mundo, as reações à morte continuam, mas a Coreia do Norte avisou que não convidará nenhuma delegação estrangeira para o funeral do ditador.

Corpo do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, morto no sábado, foi apresentado pela primeira vez em público.
Corpo do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, morto no sábado, foi apresentado pela primeira vez em público. REUTERS/KRT via REUTERS TV
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O filho dele foi ao velório do pai acompanhado de dirigentes do partido comunista norte-coreano e representantes do alto escalão das Forças Armadas. As imagens mostradas hoje apresentam o corpo de Kim Jong-il vestido com sua tradicional túnica cáqui, cercado por flores brancas e vermelhas.

O funeral do ditador está marcado para o dia 28 de dezembro, e o poder central informou que nenhum dirigente estrangeiro será convidado para a cerimônia. Fato excepcional, o presidente chinês, Hu Jintao, foi hoje pessoalmente à embaixada da Coreia do Norte em Pequim prestar condolências pela morte do ex-ditador. Hu pediu ao povo norte-coreano que se una e apoie o novo líder do país, Kim Jong-un.

"Kim Jong-un é um grande líder da República Popular Democrática da Coreia, assim como um bom amigo do povo chinês, que contribuiu muito para o desenvolvimento do socialismo", assegurou em entrevista coletiva o porta-voz do Ministério da Relações Exteriores chinês, Liu Weimin.

"Acreditamos que sob a liderança de Kim Jong-un serão promovidos esforços para construir um forte país socialista e alcançar a paz na Península Coreana", acrescentou a fonte oficial.

No mundo todo continuam intensas as reações à morte do ex-ditador. O governo de Cuba, outro resquício da era soviética, decretou luto oficial de três dias. Já os Estados Unidos e seus aliados Japão e Coreia do Sul observam atentamente os movimentos do regime norte-coreano, com receio de uma desestabilização do país, dotado de um perigoso arsenal nuclear.

Dizendo estar preocupada com o povo, a secretária de Estado Hillary Clinton pediu às novas autoridades de Pyongyang que guiem a nação pelo caminho da paz. Os americanos estão determinados a garantir a segurança de seus aliados e pedem à Coreia do Norte respeito aos compromissos de desnuclearização da península. Já no país ao lado, a Coreia do Sul, apesar da tensão, Seul ofereceu solidariedade ao povo norte-coreano pela morte do ex-ditador.
 

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