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Estreito de Ormuz

Irã faz nova advertência contra presença americana no Golfo

O ministro iraniano da Defesa, o general Ahmad Vahidi, fez nesta quarta-feira uma nova advertência contra a presença de navios de guerra americanos no Golfo. O Irã ameaçou recentemente fechar o Estreito de Ormuz, importante via de passagem das exportações marítimas de petróleo, caso os países ocidentais imponham novas sanções à sua economia.

Submarinos iranianos realizam exercícios navais na área do Estreito de Ormuz.
Submarinos iranianos realizam exercícios navais na área do Estreito de Ormuz. REUTERS/Jamejamonline/Ebrahim Norouzi
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"Sempre dissemos que a presença de forças de fora da região no Golfo Pérsico era nociva e só podia causar problemas. E, consequentemente, pedimos que eles não estejam presentes nessa rota aquática", disse o general Vahidi, segundo a agência de notícias iraniana Mehr.

"O Irã fará tudo para preservar a segurança no Estreito de Ormuz", um canal estratégico, acrescentou o ministro da Defesa.

Nesta terça-feira, o general Attaollah Salehi, chefe do exército iraniano, havia declarado: "Nós aconselhamos ao porta-aviões americanos que não retorne ao Golfo Pérsico. O Irã não tem a intenção de repetir seu aviso."

O porta-aviões americano John C. Stennis, que se encontrava no Golfo, atravessou na semana passada o estreito de Ormuz em direção ao mar de Omã, durante a realização de exercícios navais iranianos na área.

Apesar das ameaças, Washington prometeu manter seus navios de guerra no Golfo. A Casa Branca considerou que as advertências do Irã traem sua "fraqueza" e mostram a eficácia das sanções contra seu controverso programa nuclear.

Reação

A China declarou hoje que se opõe a sanções unilaterais contra o Irã. A referência é à lei de financiamento do Pentágono que reforça as sanções contra o setor financeiro iraniano, com o objetivo de forçar Teerã a abandonar seu polêmico programa nuclear.

"A China é contra que uma lei nacional prevaleça sobre regras internacionais e imponha sanções unilaterais a outros países", declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Hong Lei, ao ser questionado sobre a lei promulgada sábado pelo presidente Barack Obama contra os interesses do Irã.

Câmbio

O mercado de câmbio iraniano permanece perturbado nesta quarta-feira, mesmo após uma intervenção do banco central a favor do rial, a moeda iraniana, que está fragilizada em decorrência das sanções americanas.

Depois de ter perdido cerca de 18% do seu valor domingo e segunda-feira, o rial teve um aumento ontem. Nesta quarta-feira à tarde, um dólar, o equivalente a R$ 1,83, vale 15.600 rials, segundo um agente de câmbio. Na seguda-feira à noite um dólar podia comprar 17.800 rials.
 

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