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Síria/Repressão

Desertores e forças pró-Assad travam combates intensos

O porta-voz do Exército Sírio Livre, Maher Noueimi, informou neste domingo que os combates se intensificaram nas últimas horas entre forças leais ao presidente Bashar Al-Assad e desertores das Forças Armadas. A periferia de Damasco é palco de confrontos violentos. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, 66 pessoas morreram hoje no país, sendo 26 civis.

Em Saqba, na periferia de Damasco, desertores do regime protegem funeral de um opositor morto na última sexta-feira, 27 de janeiro.
Em Saqba, na periferia de Damasco, desertores do regime protegem funeral de um opositor morto na última sexta-feira, 27 de janeiro. REUTERS/ Ahmed Jadallah
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O balanço de mortos vítimas da ofensiva lançada pelo regime sírio no início da semana passada já ultrapassou a marca de 250 pessoas. Mais da metade das vítimas são civis inocentes, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Falando da Turquia, onde coleta as informações transmitidas diretamente dos locais de combate, o porta-voz Maher Noueimi disse que uma nova leva de militares desertou neste sábado as forças do regime. Pelo menos 50 oficiais e soldados teriam se juntado ao Exército Sírio Livre na província de Homs, engrossando as tropas de combatentes para 40 mil homens.

Nos últimos dias, as forças do regime sírio lançaram uma ofensiva sem precedente desde o início da revolta popular, em março passado. As tropas pró-Assad têm usado a artilharia pesada contra os opositores e manifestantes nas cidades de Homs, Hama e em localidades próximas de Damasco, como Qalamoun, Rankous e Ghouta.  

Líder da oposição chega a Nova York para pressionar Conselho de Segurança

A oposição síria tenta pressionar o Conselho de Segurança da ONU, e principalmente a Rússia e a China, até o momento aliadas de Damasco, a adotar medidas de proteção aos civis. A violência piorou na última semana.

A Liga Árabe suspendeu ontem sua missão de observadores enviados à Síria no final de dezembro, alegando um recrudescimento da violência que exige um posicionamento mais enérgico do Conselho de Segurança da ONU.

Em Nova York, diplomatas europeus e árabes retomaram hoje as discussões sobre um projeto de resolução baseado no plano de saída de crise da Liga Árabe, que prevê a transferência imediata do poder de Assad para o vice-presidente sírio.

O líder da oposição no exterior e chefe do Conselho Nacional Sírio, Bourhan Ghalioun, chegou a Nova York neste domingo para pressionar o Conselho de Segurança a agir em defesa da população. O opositor convocou protestos em frente às embaixadas da China e da Rússia, já que Moscou e Pequim prometem vetar qualquer resolução que deixe uma porta aberta a uma intervenção militar externa na Síria.

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