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Líbano/Síria

Violência na Síria se alastra e já provoca mortes no Líbano

A crise que toma conta da Síria há quase um ano começa a ter repercussões no Líbano. Confrontos entre opositores e partidários do regime do presidente sírio Bachar al-Assad fizeram pelo menos dois mortos e 21 feridos no norte do país vizinho. A tensão também aumentou na cidade síria de Alepo, um dia após um atentado que matou 28 pessoas.

Jovem armado atira entre os bairros sunitas e alauítas da cidade libanesa de Tripoli.
Jovem armado atira entre os bairros sunitas e alauítas da cidade libanesa de Tripoli. REUTERS/Omar Ibrahim
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A onda de violência que toma conta da Síria desde que a oposição decidiu contestar o regime começa a se alastrar além das fronteiras do país. Pelo menos duas pessoas foram mortas e 21 ficaram feridas em confrontos entre libaneses sunitas, contrários ao regime sírio, e alauítas, partidários do presidente Bachar al-Assad. Os dois grupos se enfrentam desde sexta-feira com tiros e foguetes em Trípoli, segunda maior cidade libanesa.

A região foi palco durante os últimos anos de confrontos entre sunitas, que constituem a maioria da população e apóiam a oposição libanesa contrária ao regime sírio, e alauítas, leais ao movimento xiita libanês Hezbollah, aliado de Teerã e de Damasco. As forças armadas tiveram que reforçar a segurança no local, mas também em Wadi Khales, que faz fronteira com a Síria, e fica próximo da província rebelde de Homs, epicentro da contestação no país.

A revolta síria, país de maioria sunita, mas governado há 40 anos pela família Assad, pertencente à minoria alauíta, preocupa as autoridades do vizinho Líbano, que também reúne diversas tendências religiosas. A zona de tensão em Trípoli se concentra na Rua da Síria, que separa os bairros de Jabal Mohsen (alauíta) e Bab el-Tebbaneh (sunita). Várias famílias fugiram de suas casas com medo da violência.

Tensão continua em Alepo

A tensão também aumentou em Alepo, na Síria, um dia após o atentado que matou 28 pessoas. A cidade, centro econômico e segunda mais importante do país, havia sido poupada desde o início do movimento de contestação contra o regime de Bachar al-Assad. Testemunhas entrevistadas por jornalistas locais afirmam que medidas de segurança foram reforçadas, com tanques e atiradores espalhados em pontos estratégicos. Já em Homs, uma nova ofensiva das forças armadas nesse sábado matou pelo menos quatro pessoas, entre elas uma mulher.

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