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Síria/Violência

Militantes antirregime foram visados em massacre, diz ONU

Observadores da ONU visitaram hoje Treimsa, onde um massacre do Exército deixou 150 mortos na quinta-feira. Segundo comunicado dos observadores, tudo indica que as forças de segurança visaram especificamente casas de militantes antirregime e desertores. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse que o Conselho de Segurança está dando ao ditador Bashar al-Assad "licença para matar".

Casa destruída por bombardeio em bairro de Homs, em imagem do dia 12 de julho de 2012.
Casa destruída por bombardeio em bairro de Homs, em imagem do dia 12 de julho de 2012. REUTERS/Yazen Homsy
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Os observadores da ONU chegaram à Treimsa neste sábado em um comboio de 11 veículos, depois de se assegurar que não havia mais combates na cidade. Eles visitaram casas de vítimas do massacre de quinta-feira e encontraram marcas de poças de sangue em vários cômodos, assim como cartuchos de armas. Segundo os observadores foram usados no ataque variados tipos de armamentos, de artilharia a morteiros e armas leves. A equipe de observadores também encontrou na cidade, de maioria sunita, uma escola incendiada e cinco casas danificadas com sinais de fogo. 

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, entre os 150 mortos havia dezenas de rebeldes. Algumas vítimas foram executadas sumariamente. Dezessete moradores, a maioria mulheres e crianças, morreram quando tentavam fugir da violência. Os observadores da ONU informaram que ainda não é possível estabelecer o número exato de vítimas do massacre.

Mais 109 pessoas morreram hoje em todo o país: 43 civis, 17 rebeldes e 28 soldados. De manhã, centenas de soldados invadiram a pequena localidade de Atmah, perto da fronteira com a Turquia em busca de rebeldes. As Forças Armadas seguem reprimindo sem trégua a insurreição contra o regime do ditador Bashar al-Assad.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, denunciou uma "escalada escandalosa" da violência e declarou que a impotência do Conselho de Segurança em fazer pressão sobre o ditador sírio equivale a uma licença para matar.

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