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Síria/ONU

Estados Unidos vão reforçar sanções econômicas contra Síria

Os Estados Unidos vão anunciar nos próximos dias novas sanções econômicas contra o regime do presidente Bashar Al-Assad e seus colaboradores, disse nesta sexta-feira em Gana um responsável pelo Departamento de Estado norte-americano. A Grã-Bretanha confirmou ter enviado equipamentos para os opositores ao regime no valor de 5,3 milhões de libras para ajudá-los no combates.

O governo sírio deverá sofrer mais sanções econômicas dos Estados Unidos.
O governo sírio deverá sofrer mais sanções econômicas dos Estados Unidos. Reuters
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“Uma das principais formas de pressão são as sanções econômicas, que nos próximos dias ou num curto período de tempo, serão reforçadas com sanções adicionais contra as instituições sírias e aos que apoiam a ação do regime sírio para reprimir seu povo”, declarou o responsável à margem da visita da chefe da diplomacia dos Estados Unidos; Hillary Clinton, a Accra.

Depois de visitar Accra, Clinton fará uma curta visita ao Benin antes de ir a Istambul participar de uma reunião sobre a situação da Síria. Ela irá anunciar novas sanções econômicas contra Damasco e também o envio de 5,5 milhões de dólares para uma ajuda humanitária aos sírios que fogem da violência dos combates, segundo um outro responsável americano.

No início de agosto, o presidente americano Barack Obama anunciou um pacote extra de 12 milhões de dólares de ajuda humanitária para apoiar a população síria que enfrenta “as atrocidades horríveis” do presidente Bashar Al-Assad.

Equipamentos

O governo britânico confirmou nesta sexta-feira ter intensificado os contatos com os grupos de oposição ao regime e também ter fornecido uma ajuda de 5,3 milhões de libras (R$ 16,7 milhões) em equipamentos, principalmente coletes à prova de bala e aparelhos de comunicação, mas sem envio de armas.

“ A população síria não pode esperar indefinidamente, as pessoas morrem”, declarou o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, durante uma entrevista coletiva, em Londres.

“Diante da falta de avanço no campo diplomático, o Reino Unido vai fazer muito mais, vamos ampliar nossa ajuda ao povo sírio e à oposição política síria com mais de 5 milhões de libras complementares de ajuda material não letal”, explicou.

A ajuda britânica inclui telefones celulares, de satélite, equipamentos de rádio que podem ser usados para alertar os civis sobre ataques do regime, explicou Hague. Além do equipamento militar, o governo britânico irá fornecer ajuda médica com equipamentos para cirurgias, antibióticos, medicamentos contra a dor e material para purificar a água, informou o ministro.

No entanto, William Hague esclareceu que fornecer armas aos insurgentes não fazi parte dos planos do governo, estimando que seria muito arriscado diante das informações de atrocidades cometidas também pelos grupos de oposição ao regime.

ONU

Lakhdar Brahimi, cotado para substituir Kofi Annan como mediador internacional para a Síria, fez uma apelo nesta sexta-feira para o Conselho de Segurança da Onu se unir.  “O Conselho de Segurança da ONU e os países da região devem se unir para permitir uma transição política assim que for possível”, disse Brahimi, ex-chanceler argelino, em um comunicado emitido pelo grupo “Os Elders”, composto por ex-líderes e personalidades que lutam pela resolução de conflitos em todo o mundo. 

“Milhões de sírios pedem a paz aos gritos. As grandes potências não podem ficar divididas e ignorar esse pedido”, escreveu. A declaração não faz referência às chances de Lakhdar Brahimi de suceder Kofi Annan como emissário especial da ONU para a Síria. Segundo diplomatas da ONU, Brahimi, de 78 anos, poderá ser nomeado para a função no início da próxima semana.

 

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