Mulher de político chinês escapa da pena de morte e pega perpétua
Gu Kailai, mulher do ex-dirigente chinês em Chongqing, Bo Xilai, foi condenada hoje à pena de morte com suspensão de dois anos quando a pena deve tranformar-se em prisão perpétua. Ela foi considerada culpada pela morte do britânico Neil Heywood encontrado morto em novembro do ano passado em um quarto de hotel em Chongqing.
Publicado a: Modificado a:
Correspondência de Janaína Silveira, de Pequim
O empresário britânico Neil Heywood foi envenenado, mas a suposição inicial era de que teria morrido pela ingestão excessiva de álcool. Gu Kailai só teve o nome envolvido no assassinato depois que o ex-chefe da polícia local Wang Lijun procurou o consulado dos Estados Unidos para denunciar o caso, dando início a uma série de escândalos que culminaram com a retirada de Bo do poder em março deste ano.
Antes da derrocada, Bo Xilai era considerado um dos principais nomes do próximo governo chinês. Gu Kailai poderá, segundo analistas, deixar a prisão em um período entre 9 de 14 anos. Isso porque ela sofreria de distúrbios mentais e poderia ser libertada por razões médicas. Ela já escapou da pena de morte imediata pelo mesmo motivo, além de ter supostamente agido para proteger o filho, Bo Guagua, que estaria sofrendo ameaças de Heywood, segundo ela.
O destino de Bo Xilai, que está preso, ainda é incerto.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro