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Rússia/Irã

Rússia critica ameaças de ataque ao Irã

A Rússia voltou a criticar as ameaças de ataque ao Irã, dizendo que não há provas concretas sobre as intenções do país em desenvolver a arma atômica em seu programa nuclear. Segundo o vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, a iniciativa seria um "desastre."

O secretário-geral da ONUn, Ban Ki Moon, durante reunião dos não-alinhados em Teerã, em agosto.
O secretário-geral da ONUn, Ban Ki Moon, durante reunião dos não-alinhados em Teerã, em agosto. AFP PHOTO/BEHROUZ MEHRI
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O governo de Israel tem deixado claro que poderá atacar o Irã antes das eleições presidenciais americanas, no dia 6 de novembro, e buscado apoio no Parlamento. Segundo a imprensa local, as autoridades já estariam distribuindo máscaras de gás e preparando abrigos anti-bombas. Os israelenses não descartam uma intervenção militar no país, convencidos de que o programa nuclear iraniano visa a fabricação da arma nuclear. Uma iniciativa bastante criticada pelos russos.

A Rússia defende que o programa iraniano não tem ambições militares. ‘’Um ataque seria desastroso para a estabilidade regional e teria profundas repercussões para a segurança e a economia, além do Oriente Médio’’, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, que contradiz a AIEA. ‘’Este material nuclear não está sendo usado para fins militares. Isso foi confirmado pela agência.’’ Ao contrário, a AIEA se diz cada mais preocupada com o desenvolvimento de uma atividade nuclear clandestina, ligada a organizações militares.

A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, também é contrária à adoção de novas sanções contra o governo iraniano, além das quatro resoluções já votadas pelo Conselho – a última foi em 2010. A pressão ocidental, segundo os russos, também dificulta a obtenção de uma solução diplomática para a questão. Diversas propostas já foram feitas ao Irã para sair do impasse, entre elas o enriquecimento de urânio a baixo teor monitorado no exterior para alimentar seu reator para fins científicos. Mas o governo iraniano não aceitou as condições impostas pelos ocidentais, e driblou o acordo de Teerã, assinado com o Brasil e Turquia em 2010.

Em seu último relatório, divulgado na quinta-feira, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) publicou um relatório afirmando que o número de centrífugas na central de Fordo, usadas para enriquecer urânio a alto teor, dobrou nos últimos meses.

 

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