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EUA/Ataques

Embaixador americano na Líbia morre no ataque em protesto contra filme "anti-islã"

O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, J.Christopher Stevens, e mais três funcionários americanos morreram no ataque de terça-feira à noite contra a representação diplomática em Benghazi. A informação foi confirmada pelo ministério do Interior líbio. Outros atos violentos contra alvos americanos foram registrados no Egito em protesto contra um filme considerado ofensivo à religião islâmica e ao profeta Maomé.

Manifestantes atacaram o consulado americano de Benghazi, na Líbia, na noite de terça-feira, onze de setembro.
Manifestantes atacaram o consulado americano de Benghazi, na Líbia, na noite de terça-feira, onze de setembro.
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Inicialmente, os Estados Unidos reconheceram que um funcionário morreu e outro ficou ferido no ataque de homens armados na terça-feira à noite contra o consulado de Benghazi. A morte do embaixador J.Christopher Stevens, que estava no consulado no momento do ataque, foi também confirmada na manhã desta quarta-feira pelo vice-primeiro-ministro líbio, Moustapha Abou Chagour.

A embaixada dos Estados Unidos no Cairo também foi visada na terça-feira. Manifestantes invadiram o prédio e rasgaram a bandeira americana. Os dois ataques foram em protesto contra o filme "A inocência dos muçulmanos".
O curta-metragem de 13 minutos difundido pela internet ofenderia o Islã e insultaria o profeta Maomé, dizem os manifestantes. Líderes religiosos egípcios chegaram a acusar a comunidade copta dos Estados Unidos pela provocação, mas Sam Bacile, um israelo-americano, assumiu a autoria do filme. Ele teria gasto cinco milhões de dólares, doados por judeus, para produzir o curta. Em entrevista ao Wall Street Journal, Sam Bacile chamou o islamismo de câncer, mas garante que sua obra é política e não religiosa

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou os ataques e as mortes. Em comunicado, divulgado antes da informação da morte do embaixador na Líbia, ela afirma que os Estados Unidos não toleram provocações religiosas, mas que nada justifica esses atos violentos. O governo americano está trabalhando em conjunto com autoridades de vários países para reforçar a proteção de suas missões diplomáticas.

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