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Síria/Violência

Ban Ki-moon se diz "decepcionado" com fracasso da trégua na Síria

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta segunda-feira estar "profundamente decepcionado" pelo fracasso da trégua na Síria entre os regime do presidente Bashar al-Assad e os rebeldes. O cessar-fogo havia sido negociado pelo seu emissário, Lakhdar Brahimi. Na periferia da capital Damasco, a explosão de um carro-bomba deixou ao menos dez mortos. 

Fumaça do que os rebeldes afirmaram ser um míssil da aviação síria em Erbeen, perto de Damasco, neste domingo; a trégua para a Festa do Sacrifício não foi respeitada pelas partes em conflito.
Fumaça do que os rebeldes afirmaram ser um míssil da aviação síria em Erbeen, perto de Damasco, neste domingo; a trégua para a Festa do Sacrifício não foi respeitada pelas partes em conflito. REUTERS/Maawia Al-Naser/Shaam News Network/Handout
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"Estou profundamente decepcionado com o fato de que as partes não respeitaram o apelo para cessar os combates", declarou Ban Ki-moon em Seul, onde recebeu um prêmio por seu trabalho em favor da paz.

"Essa crise não pode ser resolvida com mais armas e mais sangue derramado", acrescentou ele, insistindo para que o Conselho de segurança da ONU, os estados influentes do Oriente Médio e todas as partes envolvidas "satisfaçam suas obrigações e trabalhem para um cessar-fogo". 

Assim que foi aplicada na sexta-feira por ocasião da festa muçulmana de Aid al-Adha, ou festa do sacrifício, a trégua de quatro dias proposta por Lakdhar Brahimi, emissário da ONU e da Liga Árabe, já foi rompida. O governo e a oposição acusam um ao outro pelo fracasso do cessar-fogo. 

Ban Ki-moon não apontou um responsável pelo fracasso, mas condenou o bombardeio de cidades "densamente povoadas" pelas forças leais ao presidente sírio Bashar al-Assad.

Já o mediador Lakhdar Brahimi, em visita a Moscou para se encontrar com o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, avaliou que a situação na Síria só piora.

Carro-bomba

A aviação síria realizou nesta manhã violentos bombardeios visando principalmente os pomares do nordeste da capital. Já a explosão de um carro-bomba em uma periferia no sudeste de Damasco provocou a morte de ao menos dez pessoas, incluindo mulheres e crianças, segundo informações da televisão pública síria. 

Um atentado no dia 3 de setembro nessa mesma periferia do sudeste da capital, de população principalmente cristã e druza e favorável ao regime de Assad, havia feito 27 mortos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. 

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