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Síria/Violência

Atentado mata ao menos 50 soldados e milicianos pró-regime na Síria

Os enfrentamentos entre rebeldes, forças oficiais e milícias pró-regime já deixaram ao menos 100 mortos nas últimas horas na Síria. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), organização baseada em Londres, informou que a explosão de um caminhão-bomba conduzido por um kamikaze provocou a morte de pelo menos 50 membros das forças governamentais e milicianos pró-regime.

Rua de Aleppo arrasada pelos bombardeios do regime.
Rua de Aleppo arrasada pelos bombardeios do regime. REUTERS/George
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O ataque, ocorrido perto de um quartel do Exército localizado em uma área rural na província de Hama, foi realizado por um integrante do grupo Frente Al Nosra, organização islâmica radical que reivindicou a maioria dos atentados registrados na Síria desde o início da rebelião, em março do ano passado. A agência estatal Sana confirmou a explosão, dizendo que os mortos eram civis.

Fontes palestinas informaram que pelo menos 30 pessoas morreram nas últimas 24 horas no campo de refugiados de Yarmuk, em Damasco, onde vivem 150 mil palestinos. Combates violentos também opõem forças do regime e rebeldes em Aleppo, nas proximidades do aeroporto internacional, em Homs, onde o regime promoveu novos ataques aéreos, e na província de Idleb, onde um ataque aéreo provocou a morte de pelo menos 20 rebeldes.

Ontem, os rebeldes sírios anunciaram ter tomado o controle de um importante campo de petróleo na província de Deir Ezzor.

CNS aceita acolher 13 novos grupos políticos

Reunido em Doha, o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição, decidiu aceitar a entrada de 13 novos grupos políticos contrários ao regime de Damasco. O secretariado-geral do CNS vai passar por um processo de reestruturação de forma a acolher 200 novos membros, declarou Ahmad Kamel, responsável pelas relações com a imprensa. Essa instância reformada, segundo Kamel, vai debater a proposta do opositor Riad Seif de unificação da oposição síria, um projeto aparentemente apoiado pelos Estados Unidos que enfrenta resistência de uma ala do CNS.

Por outro lado, na quinta-feira, a Liga Árabe e o Catar convocaram outra reunião em Doha para discutir a iniciativa de Riad Seif. Esse ex-deputado sírio propõe a criação de uma nova instância, o Comitê para a Iniciativa Nacional Síria, agrupando as diversas correntes de oposição, a fim de evitar um vazio político no momento em que houver a queda do regime. O plano Seif prevê apoio ao Exército Sírio Livre (ASL), a administração de zonas liberadas e a criação de um fundo para a população síria, além de iniciativas para conquistar o reconhecimento internacional. 

A falta de uma oposição síria unida, que fale de uma única voz, tem sido o principal obstáculo à uma solução diplomática para o conflito que já matou 33 mil pessoas em 20 meses. O primeiro-ministro do Catar, xeque Hamad Ben Jassem Al-Thani, exortou hoje a oposição síria a se unir para acelerar a queda de Bashar al-Assad. 
 

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