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França/Afeganistão

França encerra sua missão de combate no Afeganistão

O Exéricito francês deixou hoje a região de Kapisa, no Afeganistão, última província em que os soldados franceses ainda estavam envolvidos em operações de combate contra os talibãs. Foi nessa região que a França perdeu o maior número de soldados desde sua adesão à coalizão internacional da OTAN, em 2001.

Soldado do exercito francês da base de Naghlu, em missão no Afeganistão, .
Soldado do exercito francês da base de Naghlu, em missão no Afeganistão, . REUTERS/Eric Gaillard
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Na manhã desta terça-feira, os quatrocentos soldados deixaram em caminhões a base militar francesa de Kapisa, situada a noroeste de Cabul, em direção à capital. Essas últimos combatentes franceses no Afeganistão devem deixar o país no fim do ano, dois anos antes do prazo previsto pela Otan. Mas 1.500 militares franceses vão continuar no Afeganistão participando de operações logísticas e da formação de forças afegãs.

Os rebeldes talebãs saldaram imediatamente a “boa iniciativa” e convidaram os outros países integrantes da Otan a “seguir o exemplo francês e a encerrar a ocupação do Afeganistão”. O ministério afegão da Defesa, por seu lado, agradeceu sem nomear nenhum país “todas as forças estrangeiras que combateram no Afeganistão”, afirmando que as forças afgãs “estão prontas para assumir o controle da segurança”.

A missão francesa de Kapisa, província com forte presença dos rebeldes talibãs, começou em 2008 e era considera a mais difícil desde a chegada do exército francês ao Afeganistão, em 2001. Dos 88 soldados franceses mortos no país, 54 morreram em Kapisa. A França garante que a insurreição foi controlada em grande parte da região e que as forças afgãs têm capacidade de garantir a segurança na província.

Após 11 anos de combates, a coalizão ocidental comandada pela Otan nunca conseguiu acabar com a resistência dos rebeldes talibãs que ela destituiu do do poder. Muitos especialistas temem uma guerra civil no Afeganistão depois da saída da forças da Aliança Atlântica do país, no final de 2014.
 

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