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Palestina/Reconhecimento

Abbas é recebido como herói na Cisjordânia após decisão da ONU

O presidente Mahmud Abbas foi aclamado por uma multidão ao chegar neste domingo a Ramallah, após a decisão da ONU de reconhecer a Palestina como um Estado observador não-membro. “Agora temos um Estado” afirmou Abbas aos palestinos que o receberam como herói. Israel decide congelar repasse de fundos à Palestina.

Mahmoud Abbas na Assembleia Geral da ONU, na quinta-feira 29 de novembro de 2012.
Mahmoud Abbas na Assembleia Geral da ONU, na quinta-feira 29 de novembro de 2012. Reuters
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Milhares de pessoas, carregando bandeiras palestinas e retratos de Abbas, recepcionaram o presidente em frente da Mouqataa, sede da presidência da Autoridade Palestina em Ramallah, no início da tarde deste domingo. Em seu discurso, Abbas disse que a Palestina obteve uma conquista histórica nas Nações Unidas. “Agora nós temos um Estado e Jerusalém é mais do que nunca nossa capital”, afirmou sob os aplausos da multidão. Ele prometeu também relançar a reconciliação palestina nos próximos dias.

O reconhecimento da Palestina como Estado observador das Nações Unidas aconteceu na quinta-feira, 29 de novembro, pela Assembleia Geral da ONU, apesar da oposição dos Estados Unidos e Israel.

Ameaças israelenses

O governo israelense anunciou neste domingo que não vai entregar este mês os fundos que deve repassar à Autoridade Palestina. De acordo com as convenções de paz provisórias israelo-palestinas, é o governo israelense que recolhe cerca de 80 milhões de euros, mais de 200 milhões de reais, de impostos palestinos e deve em seguida repassar a soma. Israel afirma que com o reconhecimento de Estado observador obtido na ONU, os palestinos violaram os acordos.

A Autoridade Palestina, que tem uma soberania limitada na Cisjordânia ocupada militarmente por Israel, depende desses fundos para pagar seus funcionários. O governo israelense já congelou o repasse do dinheiro em outros momentos de tensão, provocando reações internacionais de desaprovação.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia autorizado a construção 3.000 novas casas na Cisjordânia e no leste de Jerusalém. Essa decisão já foi condenada pela França, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
 

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