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Síria/Conflito

Emissário da ONU se encontra com chefe da oposição em Damasco

O emissário internacional da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, deve se reunir esta manhã com o chefe de um grupo de oposição tolerado pelo regime. O encontro acontece no dia seguinte da reunião de Brahimi com o presidente sírio Bashar al-Assad, quando o emissário da ONU fez um apelo por um acordo para acabar com a guerra civil no país.

Lakhdar Brahimi, enviado especial à Síria, durante encontro desta segunda-feira com o presidente Bashar el-Assad.
Lakhdar Brahimi, enviado especial à Síria, durante encontro desta segunda-feira com o presidente Bashar el-Assad. REUTERS/Khaled al-Hariri
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O emissário internacional da ONU e da Liga Árabe para a Síria está em Damasco desde o último domingo. Esta manhã, ele deve receber em seu hotel Hassam Abdel Azim, líder do Comitê de Coordenação para a Mudança Nacional e a Democracia. Esse grupo de oposição sírio baseado na capital é tolerado pelo regime. Formado por partidos “nacionalistas árabes”, ele é contra qualquer intervenção militar estrangeira no país e não aderiu à Coalizão da oposição síria que já foi reconhecida por vários países como a representante legítima da Síria.

O encontro acontece no dia seguinte da reunião de Brahimi com Bashar al-Assad. O emissário da ONU mostrou ao presidente sua preocupação com o aumento da violência intercomunitária na Síria e pediu que todas as partes envolvidas no conflito tentem encontrar uma solução. Bashar al-Assad garantiu que apoiará todos os esforços visando proteger a soberania e a independência do país. Mas os dois homens ficaram apenas nessas declarações de intenção e nenhum anúncio concreto foi feito para tentar acabar com o conflito que fez mais de 44 mil mortos em 21 meses.

Ontem, os Estados Unidos condenaram com firmeza o regime sírio pelos recentes ataques contra civis, como o bombardeio de domingo contra uma padaria que deixou 60 mortos. Para Washington, esses ataques provam que Bashar al-Assad não tem mais futuro à frente do país. O comunicado pede o fim do apoio de todos que ainda ajudam o regime de Damasco.

Durante a missa de Natal na noite de ontem, a importante comunidade católica da Síria, que se posiciona a favor de Bashar al-Assad, fez orações pelo fim do conflito. Os 1,8 milhão de católicos sírios, que até agora tinham conseguido a margem da revolta popular iniciada em março de 2011, foram ameaçados no ultimo final de semana por rebeldes e temem ataques islâmicos.

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