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Israel/eleições

Esquerda e centristas surpreendem nas eleições em Israel

Segundo resultados divulgados pela Comissão Eleitoral, o bloco de direita formado pela coalizão Likud-Israel Beitonou, liderado pelo primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu, e o bloco de centro-esquerda conquistaram cada um 60 cadeiras de um total de 120 do parlamento. O fortalecimento da esquerda e a ascensão do partido centrista Yesh Atid ('Há um futuro', em hebraico)  foram as grandes novidades da votação.

Israelenses comemoram vitória da coalizão de direita do premiê israelense Benjamin Netanyahu que conquistou as eleições legislativas antecipadas realizadas nessa terça-feira.
Israelenses comemoram vitória da coalizão de direita do premiê israelense Benjamin Netanyahu que conquistou as eleições legislativas antecipadas realizadas nessa terça-feira. REUTERS/Ronen Zvulun
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Com colaboração de Daniela Kresh, de Tel Aviv,

Depois de uma noite inteira de contagem de votos, o novo quadro político que emerge das eleições legislativas desta terça-feira em Israel começa a ficar mais claro, mas ainda continua complicado.

O mais surpreendente é a ascensão do novo partido de centro Yesh Atid  fundado há um ano pelo popular jornalista Yair Lapid, que sai da votação como a segunda força política do país. O partido conquistou 19 cadeiras no total à frente do Partido Trabalhista que ficou com 15.

A esquerda sai bastante fortalecida do pleito, com a conquista de metade das da Knesset, o Parlamento em Jerusalém, ou 60 das 120 cadeiras. Na última década, a esquerda vinha perdendo força, com 55 cadeiras contra 65 da direita.

A coalizão de direita liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, formada pelo Likud e o partido ultranacionalista ISrael Beitonou ('Israel Nosso Lar', em hebraico), perdeu onze cadeiras, elegendo apenas 31 parlamentares.

Mas nada é certo, por enquanto. Até mesmo essa divisão do Parlamento pode mudar depois de contados os votos restantes: de soldados, diplomatas, marinheiros e presos. A confusão dos números pode levar até mesmo a uma mudança de primeiro-ministro.

Nas eleições de 2009, a recordista de votos foi a ex-chanceler Tzipi Livni, do partido de centro Kadima. Mas, apesar de ter conseguido mais apoio do que o partido de direita Likud, de Benjamin Netanyahu, Livni não conseguiu formar um governo. O novo partido centrista fundado por Livni, o HaTnouha, que fez campanha para relançar as negociações de paz com os palestinos, conquistou 6 cadeiras.

Apesar da perda de cadeiras no parlamento, o primeiro-ministro Netanyahu, como líder do principal partido, deverá ser designado pelo presidente Shimon Peres para formar um novo governo. Netaniahu já adiantou que pretende formar uma coalizão ampla, que contenha partidos de esquerda e de direita.

Realmente, só assim terá a chance de continuar no poder, já que os eleitores israelenses passaram uma mensagem importante nas eleições de ontem: não querem mais um governo de extrema-direita nos moldes do atual.

 

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