Contra austeridade, gregos realizam primeira greve do ano
A Grécia faz hoje a primeira greve do ano contra as políticas de austeridade do governo. Mais uma vez o país está paralisado. Médicos, advogados e profissionais liberais cruzam os braços. As escolas estão fechadas, os hospitais prestam somente atendimento de emergência e os transportes públicos em Atenas funcionam em ritmo reduzido.
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As autoridades aeroportuárias cancelaram várias ligações marítimas entre as ilhas gregas, assim como voos domésticos para enfrentar a falta de pessoal.
Os gregos fazem pressão, desamparados pelo sexto ano consecutivo de rigor nas despesas do Estado. O governo grego afirma não ter alternativa a não ser aplicar o rigoroso plano de austeridade adotado no ano passado, para continuar recebendo 240 bilhões de euros de ajuda financeira do FMI e da UE. O setor público deve se desfazer de mais 25 mil funcionários este ano.
O partido da esquerda radical Syriza tenta usar a greve de hoje para derrubar a frágil coalizão do primeiro-ministro Antonis Samaras. Com as reduções de salários, de aposentadorias e 27% da população desempregada, sem receber ajuda social, o cotidiano dos gregos é dramático a ponto de ONG's falarem em catástrofe humanitária.
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