Iraquianos vão às urnas após campanha marcada pela violência
Mais de 13 milhões de eleitores foram convocados às urnas no Iraque nesse sábado, 20 de abril, para eleger os representantes de suas províncias. O pleito está sendo marcado pela violência, com o assassinato de 14 candidatos durante a campanha e a explosão de mais de dez bombas apenas no dia do voto. Esse é o primeiro escrutinho realizado no Iraque desde a retirada das tropas norte-americanas do país, há um ano.
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Pelo menos 12 bombas explodiram e um tiro de morteiro foi lançado contra um local de voto nesse sábado durante as eleições das províncias iraquianas. Pelo menos três eleitores e um policial ficaram feridos nas explosões no sul da capital Badgá. Já no norte do país várias bombas foram detonadas simultaneamente.
Os incidentes confirmam o aumento da violência que vem sendo registrado no Iraque nos últimos dias. Mais de 100 pessoas foram mortas desde domingo passado e 14 candidatos foram assassinados desde o início da campanha, marcada por vários atentados. Para evitar novos incidentes envolvendo carros-bomba, apenas os veículos com uma autorização especial podem circular próximo às zonas eleitorais, que foram protegidas com cercas de arame farpado.
Essas são as primeiras eleições realizadas no Iraque desde a retirada das tropas norte-americanas do país, há um ano. Os iraquianos devem eleger os 378 representantes das províncias do país entre os 8 mil candidatos inscritos.
O pleito desse sábado é apontado como um teste para a popularidade do primeiro-ministro chiita Nouri al-Maliki, que administra com dificuldades as relações com os parceiros da coalisão e a minoria sunita do país. Para tentar mobilizar a população, o premiê declarou que a cédula eleitoral era a arma mais eficaz para lutar contra a violência.
“As eleições não podem resolver todos os problemas do Iraque, mas os problemas não serão resolvidos sem eleições”, teorizou Martin Kobler, chefe da missão da ONU no país. Mas diplomatas e observadores internacionais se mostram céticos sobre a credibilidade desse voto, já que apenas 12 das 18 províncias iraquianas participam do pleito. As disputas entres diferentes comunidades obrigaram várias regiões a adotar um calendário distinto para o escrutinho.
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