EUA analisam informações da França sobre uso de gás sarin na Síria
Os Estados Unidos declararam que estão estudando as informações enviadas pela França sobre o provável uso de armas químicas na Síria. Dois jornalistas do vespertino francês Le Monde, que ficaram clandestinamente em Damasco, trouxeram a Paris amostras que foram analisadas em laboratório e confirmam a acusação.
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A porta-voz do departamento do Estado norte-americano, Jennifer Psaki, confirmou que os dados serão analisados minuciosamente e que, em paralelo, os Estados Unidos continuarão a recomendar que cada país envie aos americanos e à ONU todas as informações que possam aprofundar as investigações sobre a denúncia. No entanto, Psaki observou que o governo não pretende fazer uma avaliação pública do material mandado por Paris.
Nesta semana, o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou ter pedido ao ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, de compartilhar suas provas sobre o uso de gás sarin na Síria, advertindo que uma linha havia sido atravessada e que todas as opções estavam sobre a mesa a partir desse momento.
Baseando-se nas amostras trazidas pelos jornalistas do diário Le Monde, depois de uma estada clandestina em Damasco, o chanceler Fabius tem afirmado com toda segurança que a conclusão do laboratório francês foi clara: o gás sarin está sendo utilizado pelas forças do regime de Bachar al-Assad.
A Casa Branca pediu provas, a França mandou. A análise pode desembocar numa nova postura da comunidade internacional em relação ao conflito que já matou mais de 94 mil pessoas desde março de 2011.
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