Atentados deixam dezenas de mortos no Paquistão

Pelo menos 23 pessoas morreram vítimas de atentados à bomba nesse sábado, 15 de junho, em Quetta, no sudoeste do Paquistão. O primeiro ataque, que visava um ônibus, matou onze estudantes. A região é conhecida pela ação de grupos de extremistas religiosos que se opõem ao acesso das mulheres à escola.

Um dos atentados no Paquistão visava um ônibus de estudantes universitários. REUTERS/Naseer Ahmed

Onze estudantes foram mortos no primeiro atentado, que deixou outras 20 pessoas feridas. “A bomba estava dissumulada dentro do ônibus” de uma universidade para mulheres em Quetta, relatou o chefe da polícia local, Zubair Mahmood. Várias vítimas foram hospitalizadas em estado crítico. A explosão ocorreu no momento em que o veículo deixava a faculdade.

A segunda deflagração, seguida de tiros, foi registrada no Bolan Medical Complex, o principal hospital de Quetta. O ataque começou no mesmo momento em que as vítimas do atentado contra o ônibus estavam sendo recebidas pelo serviço de emergência do local. A televisão local mostrou imagens de pessoas em pânico tentado se proteger após a explosão.

Os dois atentados não foram reivindicados, mas a região é conhecida pela presença de rebeldes extremistas islâmicos que se opõem ao acesso das mulheres às escolas. A cidade também foi alvo recentemente de vários ataques visando a minoria xiita. Capital do Baluchistão, Quetta fica em uma região sensível do país, próxima das fronteiras com o Irã e o Afeganistão.

Mais de 6 mil pessoas morreram nos últimos seis anos vítimas de atentados no Paquistão. Os extremistas criticam a aliança de Islamabad com Washington desde os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington.