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Síria/Conflito

Conflito na Síria já fez mais de 100 mil mortos, diz ONG

O número de mortos desde o início da rebelião contra o regime do presidente Bashar al-Assad na Síria, em março de 2011, ultrapassou a marca simbólica dos 100 mil, segundo a ong Observatório Sírio dos Direitos Humanos. A comunidade internacional nunca esteve tão longe de uma solução pacífica para o conflito.

Rebeldes sírios entre escombros em al-Asali, no distrito de Damasco, em 22 de junho de 2013.
Rebeldes sírios entre escombros em al-Asali, no distrito de Damasco, em 22 de junho de 2013. REUTERS/Ward Al-Keswani/Shaam News Network/Handout via Reuters
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Os Estados Unidos deram a entender nesta terça-feira que a segunda conferência sobre a Síria em Genebra não acontecerá mais em julho, adiando mais uma vez a esperança de uma solução diplomática para o conflito. Por sua vez, o enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, "duvidou" que a conferência aconteça em julho.

Esse encontro, que daria continuidade a um primeiro plano de paz internacional assinado no dia 30 de junho de 2012 em Genebra mas nunca colocado em prática, é uma ideia de Washington e Moscou para tentar abrir negociações a fim de estabelecer um governo de transição que reúna regime e oposição.

Mas segundo uma fonte diplomática próxima das negociações, os russos e os americanos sempre divergem sobre a composição desse governo. Os americanos repetem que ele deve excluir totalmente Bashar al-Assad, enquanto para os russos a equipe deve compreender integrantes da oposição e do regime, incluindo Assad. Apesar de horas de discussão, não foi possível chegar a um acordo.

Há duas semanas Washington anunciou que pretendia dar um "apoio militar" aos rebeldes, um sinal de que a situação corre o risco de se encaminhar para um reforço dos confrontos.

Nos dias 1° e 2 de julho, os ministros das Relações Exteriores da Rússia e dos Estados unidos, Serguei Lavrov e John Kerry, devem discutir sobre a crise síria em Brunei, durante um Fórum Regional.

Balanço

O conflito deixou ao menos 100.191 mortos desde o início de março de 2011, sgundo um novo balanço do OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos), uma ong baseada em Londres que recolhe informações de militantes e de fontes médicas e militares em toda a Síria. Esse número inclui 36.661 civis, 18.072 rebeldes e 25.407 integrantes das forças do governo.

Nesta quarta-feira, a aeronáutica síria realizou vários ataques contra Rastane, um dos últimos bastiões da rebelião na província central de Homs. foi nessa região que o exército sírio, apoiada pelo poderoso movimento xiita libanês Hezbollah, teve sua primeira vitória militar ao tomar no início deste mês a cidade rebeldes de Qusseir.

Esse avanço estimulou os 11 países ocidentais e árabes que apoiam a oposição à decidir intensificar sua ajuda à rebelião para inverter a relação de força no país antes da conferência de paz.

Na terça-feira, a Arábia Saudita se comprometeu a não ficar mais "de braços cruzados" diante dos massacres perpetrados na Síria e a ajudar os rebeldes "a se defenderem".

Damasco respondeu acusando os sauditas de financiarem o terrorismo, termo usado pelo regime para qualificar a rebelião.

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