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Estados Unidos/Síria

Congresso americano libera envio de armas a rebeldes sírios

Os Estados Unidos poderão, já nas próximas semanas, começar a enviar as armas prometidas em junho por Barack Obama às forças rebeldes sírias. Depois de muita hesitação, tanto da parte dos democratas quanto dos republicanos, essa polêmica transferência de armas recebeu um sinal verde do Congresso americano nesta terça-feira.

Rebelde sírio fotografado na cidade de Deieal-zor, a 450 km de Damasco.
Rebelde sírio fotografado na cidade de Deieal-zor, a 450 km de Damasco. REUTERS/Khalil Ashawi
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Ligia Hougland, correspondente em Washington

Por semanas, tanto democratas quanto republicanos se mostravam incertos sobre que caminho tomar no posicionamento de Washington em relação à Síria, o que para muitos analistas é um reflexo da política externa pouco definida do governo Obama.

 

Os membros do Congresso americano decidiram aprovar o armamento das forças opositoras ao regime de Bashar al-Assad, apesar de ainda estarem preocupados com a possibilidade de as armas acabarem nas mãos de extremistas islâmicos ou não terem um efeito significativo na luta para derrubar Assad.

 

O consenso de enviar armas à Síria chegou em um momento conturbado, pois, ainda no início desta semana, o chefe militar dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, enviou uma carta ao presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado americano, o senador democrata Carl Levin, alertando sobre o assombroso custo representado pelas possíveis opções militares para intervenção na Síria, incluindo uma zona de exclusão aérea e o engajamento de milhares de soldados americanos. Segundo o general, todas as opções são arriscadas e de alto custo.

Uma recente pesquisa do Pew Research Center indica que 70% dos americanos são contra o governo enviar armas a grupos rebeldes na Síria.

Envio de armas também é discutido em Paris

O chefe da coalizão nacional síria, a principal organização de oposição ao regime de Bashar al-Assad, será recebido nesta tarde pelo presidente francês, François Hollande. Eleito recentemente à presidência do organismo, Ahmad Jarba tenta convencer as potências ocidentais a fornecerem armas aos rebeldes. Os europeus ainda discutem se devem se engajar ativamente nesse conflito.

Especialistas da ONU em Damasco

Dois especialistas da ONU realizam a partir de hoje uma visita a Damasco para investigar o suposto uso de armas químicas no conflito. O regime de Assad e os rebeldes se acusam mutuamente de empregar esse tipo de arma, proibido por convenções internacionais.

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