França, Reino Unido e EUA mantêm embaixadas fechadas no Oriente Médio

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, decidiu prolongar o fechamento da embaixada francesa no Iêmen até quarta-feira devido ao risco elevado de atentados. O Reino Unido também anunciou nesta segunda-feira, 5 de agosto de 2013, que sua representação diplomática no país só reabre na quinta-feira. Os dois países europeus seguem o exemplo de Washington, que prolongou por uma semana o fechamento de várias embaixadas no Oriente Médio e na África.

Policiais protegem sede da embaixada americana no Iêmen, em foto de arquivo do dia 17 de junho de 2013, durante protestos. REUTERS/Khaled Abdullah/Files

O governo francês decidiu seguir as recomendações do departamento de Estado norte-americano, que teme que a rede terrorista Al-Qaeda e as organizações afiliadas estejam preparando atentado no Oriente Médio e na África do Norte, e poderiam concentrar seus esforços no mês de agosto.

A Interpol pediu no sábado que seus 190 Estados membros redobrem a vigilância após uma série de fugas de prisões de nove países no último mês, sobretudo no Iraque, na Líbia e no Paquistão. Em um comunicado, a organização disse que a Al-Qaeda poderia estar implicada na fuga de centenas de criminosos.

Washington anunciou ontem a prolongação até o dia 10 de agosto do fechamento de 19 de suas embaixadas e consulados no Oriente Médio e na África. A lista compreende quinze representações diplomáticas que já estavam fechadas neste domingo.

"Não se trata de uma indicação a respeito de uma série de novas ameaças, mas do nosso compromisso em mostrar prudência e tomar as medidas apropriadas para proteger nosso pessoal, incluindo os funcionários locais e os visitantes das nossas representações", delcarou o porta-voz do departamento de Estado, Jen Psaki.

Washington havia anunciado na quinta-feira que pelo menos 25 de suas representações diplomáticas permaneceriam fechadas no domingo após a interceptação de mensagens da rede terrorista Al-Qaeda. O governo americano avaliou que as ameaças eram as mais verossímeis e precisas desde os atentados de 11 de setembro.