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Síria/Conflito

Exército sírio retoma posições controladas por rebeldes em região alauíta

O exército sírio venceu a ofensiva dos rebeldes na região majoritariamente alauíta (ramo do Islã xiita ao qual pertence o presidente Bashar al-Assad) que fica nas montanhas próximas ao mar Mediterrâneo. Desde a última quinta-feira, o conflito na Síria já fez com que 30 mil refugiados sírios escapassem para o norte do Iraque.  

Refugiados sírios atravessam a fronteira do Curdistão, no norte do Iraque, nesta segunda-feira, 19 de agosto de 2013.
Refugiados sírios atravessam a fronteira do Curdistão, no norte do Iraque, nesta segunda-feira, 19 de agosto de 2013. REUTERS/Azad Lashkari
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A operação iniciada há duas semanas por movimentos islamitas no norte do maciço deixou centenas de desabrigados nos vilarejos alauítas da costa. Para combatê-la, o chefe do Estado mobilizou reforços ao norte da cidade de Lattaquié.

Segundo o OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos), todos os postos de observação militares que os rebeldes haviam conquistado foram retomados pelo exército, assim como nove vilarejos alauítas.

Intensos combates continuam nesta segunda-feira, 19 de agosto de 2013, em duas outras localidades, de acordo com a ong. Já a agência de notícias oficial Sana garante que o exército já venceu "os últimos grupos terroristas", cujas armas teriam sido apreendidas.

Além das centenas de desabrigados, 200 pessoas, em sua maioria civis, foram mortas pelos rebeldes durante os três primeiros dias da ofensiva, relatam opositores. Um vídeo amador divulgado neste domingo mostra um avião do exército sírio sendo abatido, mas a informação não foi confirmada.

Os rebeldes afirmam ter chegado a 20 quilômetros de Kardahan, cidade natal de Bashar al-Assad, onde seu pai e predecessor Hafez está enterrado.

O chefe do Exército Sírio Livre, o general Salim Idriss, foi à região de Lattaquié na semana passada para celebrar suas vitórias.

Mas os reforços mobilizados nos dias seguintes permitiram ao exército infligir pesadas perdas aos insurgentes e aos combatentes islâmicos radicais estrangeiros que foram apoiar os movimentos ligados à rede terrorista Al-Qaeda na linha de frente.

No campo diplomático, uma equipe de especialistas da ONU chegou no domingo a Damasco para investigar o uso de armas químicas no conflito.

Eles devem visitar três locais, incluindo Khan al Assal, no norte, mas ainda não se sabe quando farão as viagens.

Refugiados

O conflito, que já fez mais de cem mil mortos, exacerba as tensões regionais e tem consequências cada vez mais pesadas para os países vizinhos.

Além dos voluntários sunitas que vão apoiar os rebeldes, os xiitas iraquianos e do movimento libanês Hezbollah combatem ao lado das forças governamentais.

Os confrontos entre curdos e combatentes do Estado islâmico no Iraque e no Levante se multiplicam no norte e nordeste da Síria, o que alimenta o fluxo de refugiados.

Cerca de 30 mil sírios penetraram no norte do Iraque desde a última quinta-feira, o que representa o fluxo mais importante desde o início do conflito, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.

 

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