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África/Violência

Tropas da ONU e do Congo mantém ofensiva contra rebeldes do M23

O exército congolês e os capacetes azuis da ONU mantém nesta quinta-feira a ofensiva contra os rebeldes do M23 a dezenas de quilômetros ao norte de Goma, no leste da República Democrática do Congo (RDC), segundo testemunhas e os rebeldes.

Soldados da força de paz da ONU patrulham fronteira entre Ruanda e a República Democrática do Congo nesta quinta-feira, 29 de agosto de 2013.
Soldados da força de paz da ONU patrulham fronteira entre Ruanda e a República Democrática do Congo nesta quinta-feira, 29 de agosto de 2013. REUTERS/Thomas Mukoya
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Depois de uma trégua noturna, os tiros de artilharia retomaram na manhã de hoje na região de Kibati. Em um informe militar, o grupo M23 afirmou que a situação foi de “relativa calma em tdos os fronts durante a noite” até por volta das 7 horas da manhã quando a infantaria da coalizão das Forças Armadas da RDC (FARDC) e a brigada de intervenção da Missão das Nações Unidas no Congo (Monusco) relançaram ataques.

No documento, o M23 acusa as FARDC de combater ao lado dos hutus ruandeses da Frente Democrática de Liberação de Ruanda (FDLR) e afirma que obuses lançados pelas Forças Armadas caírem nos bairros populares de Goma e de Gisenyi (Ruanda).

Capital da província de Norte-Kivu, Goma fica em frente à cidade de Gisenyi, que está no outro da fronteira ruandesa. Depois de uma semana de confrontos, marcados por períodos de calmaria, as tropas governamentais e da ONU passar à ofensiva nessa quarta-feira, intensificando a pressão sobre o M23.

Na quinta-feira os helicópteros de ataque da ONU entraram em ação pelo segundo dia consecutivo, afirmou à AFP o coronel Prosper Basse, porta-voz da Monusco.

O objetivo, segundo ele, é de afastar os rebeldes do M23 das posições conquistadas em cima das colinas e de onde atiram contra a população civil.

No lado ruandês da fronteira, o vice-prefeito de Gisenyi, Ezechiel Nsengiyumva, afirmou que uma ruandesa morreu e seu filho ficou gravemente ferido na manhã de hoje devido a um obus lançado “voluntariamente” da República Democrática do Congo.

Ruanda acusa com freqüência o exército da RDC de bombardear deliberadamente o lado ruandês da fronteira durante combates contra os rebeldes. O Norte-Kivu é uma província rica em minerais e umas das regiões mais densamente povoadas da RDC.

A instabilidade no país é crônica há mais de 20 anos e o M23 5Movimento de 23 de março) é ativo desde maio de 2012. Kinshasa e a ONU acusam Ruanda e Uganda de apoiar este grupo de rebeldes que reivindica um melhor reconhecimento das populações tutsis congolês, o que os dois países sempre negaram.
 

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