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Síria/ Turquia

Assad diz que Turquia "vai pagar caro" por apoiar "terroristas"

A Turquia pagará caro por seu apoio aos "terroristas" que lutam para derrubar o regime sírio, afirmou hoje o presidente Bashar al-Assad em uma entrevista a um canal de televisão turco. "Em um futuro próximo (a presença terrorista) terá consequências para a Turquia. E a Turquia pagará muito caro", declarou Assad ao canal de oposição Halk-TV.

Premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, disse ontem que pode se candidatar à presidência.
Premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, disse ontem que pode se candidatar à presidência. REUTERS/Umit Bektas
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O chefe de Estado sírio respondia a uma pergunta sobre a presença na fronteira turca de rebeldes islamitas ligados à Al-Qaeda. "Não se pode utilizar o terrorismo como se fosse uma carta e guardá-la no bolso, porque o terrorismo é como um escorpião que não duvida em picar você", disse o presidente sírio.

O governo islamita conservador turco do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, hostil ao regime sírio, é um dos principais apoios dos rebeldes que lutam contra Assad. "Tudo o que (Erdogan) diz sobre a Síria e seu povo são mentiras, nada mais. Erdogan apenas se limita a apoiar os terroristas", disse.

Assad reconheceu que o helicóptero sírio derrubado pela aviação turca em 16 de setembro havia violado o espaço aéreo turco, mas justificou a questão ao afirmar que pretendia evitar "a entrada de um grande número de terroristas" na Síria a partir da Turquia. O Parlamento turco renovou na quinta-feira por mais um ano a autorização para o governo enviar tropas à Síria em caso de necessidade.

Erdogan se diz pronto para se candidatar à presidência

O primeiro-ministro turco anunciou que, se o seu partido desejar, será candidato à eleição presidencial no ano que vem. Ele negou os rumores de desentendimentos com o atual presidente, Abdullah Gül.

De acordo com as regras de funcionamento do seu partido, o AKP (Partido pela Justiça e o Desenvolvimento), Erdogan não pode se apresentar para a reeleição, nas eleições legislativas de 2015. Ele se mostra favorável ao aumento dos poderes do presidente no Executivo, mas os seus projetos de modificar a Constituição por enquanto não surtiram resultados.

“Eu ainda não tomei uma decisão definitiva. Se eu o tivesse, eu a anunciaria”, declarou o premiê, em uma entrevista concedida na quinta-feira à noite ao canal turco A Haber. “Nós temos um sistema e este sistema é fundado na consulta. A peça mais importante nesta consulta, por enquanto é o meu partido. Qualquer que seja a função para o qual o meu partido me indicar, eu me esforçarei para fazer”, disse.

O presidente Gül, melhor colocado nas pesquisas para o cargo do que o premiê, ainda não se pronunciou sobre o tema, embora ele tenha o direito de se candidatar. Os dois políticos participaram da criação do AKP em 2001 e são aliados de longa data, porém no último ano a relação entre eles dava sinais de desgaste.

Nesta quinta, Erdogan excluiu a hipótese de uma disputa interna pela candidatura. “Eu não acho que haverá uma decisão que resultará na nossa separação. O que quero dizer é que faremos as negociações e consultas necessárias entre nós, se necessário”, explicou.
 

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