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Coreia do Norte/Política

Tio e mentor do líder norte-coreano teria sido afastado do poder

O tio do jovem dirigente norte-coreano Kim Jong-Un, que durante muito tempo foi apresentado como seu mentor, teria sido afastado do alto cargo que ocupava no exército e várias pessoas próximas a ele teriam sido executadas. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 3 de dezembro de 2013, por autoridades sul-coreanas.

Jang Song-Thaek (esq.), tio do líder norte-coreano Kim Jong-un (dir.), que teria sido afastado do poder segundo os serviços de inteligência sul-coreanos, em foto de arquivo de fevereiro de 2012.
Jang Song-Thaek (esq.), tio do líder norte-coreano Kim Jong-un (dir.), que teria sido afastado do poder segundo os serviços de inteligência sul-coreanos, em foto de arquivo de fevereiro de 2012. REUTERS/Kyodo/File
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Diante de um comitê parlamentar, os serviços de inteligência sul-coreanos afirmaram que Jan Song-Thaek havia sido retirado do cargo de vice-presidente da Comissão de defesa nacional, o órgão de decisão mais importante do país. A informação foi passada à imprensa por um deputado sul-coreano.

Se confirmada, a demissão de Jang Song-Thaek constituiria a reviravolta política mais significativa no governo norte-coreano desde a chegada ao poder de Kim Jong-Un em dezembro de 2011, após a morte de seu pai, Kim Jong-Il, vítima de uma crise cardíaca.

Durante uma reunião de emergência com o comitê parlamentar, os serviços de inteligência sul-coreanos indicaram que Jang "havia sido recentemente afastado de seu cargo e dois de seus próximos, Ri Yong-Ha e Jang Soo-Kil, executados em público em meados de novembro", explicou à imprensa o deputado Jung Cheong-Rae.

"Todos os membros do exército foram informados dessas execuções. Desde então, Jang Song-Thaek a disparu", explicou ele.

Jang Song-Thaek, marido da irmã de Kim Jong-Il, foi durante décadas uma das figuras-chave do regime norte-coreano dirigido por três gerações de Kim (avô, pai e filho) desde o final da Segunda Guerra Mundial. Foi ele quem ajudou Kim-Jong Un em seus primeiros passos na direção do país.

Jang, de 67 anos, caiu em desgraça em 2004 por suposta corrupção. Enviado para trabalhar em uma indústrica de aço como foram de "reeducação", ele havia sido reabilitado no ano seguinte e promovido em 2007 à direção da administração do Partido dos Trabalhadores, o que lhe garantia o controle da polícia e da justiça.

Jang ocupava um papel importante sobretudo depois dos problemas de saúde de Kim Jong-Il em 2008 e era frequentemente considerado o número 2 do governo.

Sua esposa, Kim Kyong-Hui, de 67 anos, está no centro do poder há quarenta anos. Em setembro de 2010 ela havia sido promovida ao grau de general de quatro estrelas. Boatos circulavam há um ano dizendo que ela estava em um péssimo estado de saúde.

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