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Tailândia/Política

Governo da Tailândia mantém eleições antecipadas para domingo

O governo tailandês confirmou nesta terça-feira (28) a realização das eleições legislativas antecipadas para 2 de fevereiro, recusando-se a ceder às pressões e às ameaças dos opositores de bloquear a votação. A Comissão Eleitoral, que defendia um adiamento da votação, propôs durante o encontro com a primeira-ministra Yingluck Shinawatra realizar as eleições num prazo de 120 dias.  

A primeira-ministra Yingluck Shinawatra enfrenta, há quase três meses, manifestações nas ruas da Tailândia.
A primeira-ministra Yingluck Shinawatra enfrenta, há quase três meses, manifestações nas ruas da Tailândia. REUTERS/Damir Sagolj
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A data foi mantida apesar dos alertas sobre os riscos de violência devido à crise política que dura cerca de três meses e já resultou na morte de pelo menos 10 pessoas. A Comissão teme “confrontos” entre opositores e policiais durante a votação. Um dos integrantes da Comissão adiantou que as urnas poderão fechar mais cedo que o previsto em caso de violência.

A reunião aconteceu após a Corte Constitucional ter julgado na semana passada que as eleições legislativas antecipadas poderiam ser adiadas. "Mesmo se as eleições fossem adiadas, os problemas não seriam resolvidos. Não creio que o movimento [de contestação] vá terminar”, afirmou o vice-primeiro- ministro, Phongthep Thepkanjana.

Yingluck Shinawatra defendeu diversas vezes a antecipação das eleições legislativas como melhor solução para a crise. Há três meses a chefe de governo da Tailândia enfrenta uma onda de protestos reunindo opositores que pedem sua demissão. Eles acusam Yingluck de ser uma marionete de seu irmão, o ex-premiê Thaksin Shinawatra, destituído do poder em 2006, após um golpe de Estado.

Voto antecipado

Os adversários da primeira-ministra atrapalharam no último domingo o voto antecipado autorizado para os eleitores que não podem comparecer às urnas no dia 2 de fevereiro. Cerca de 440 mil eleitores dos quase 2 milhões registrados nas listas foram impedidos pelos manifestantes de votar. O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, prometeu bloquear no próximo domingo todas as ruas de acesso aos locais de votação.

“Os manifestantes garantem que eles vão combater a corrupção e fazer reformas, mas isso não justifica o uso da força e da intimidação para bloquear a votação”, denunciou Brad Adams, da Ong Human Rights Watch, em um comunicado.

A principal legenda de oposição, o Partido Democrata, decidiu boicotar as eleições. O partido atualmente no poder é apontado pelas pesquisas de opinião como o favorito para vencer o pleito.

 

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