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UEA/Rússia/Ucrânia

EUA ameaçam sancionar Moscou caso reunião sobre crise ucraniana em Genebra fracasse

Os Estados Unidos indicaram que estão dispostos a lançar sanções contra a Rússia em caso de fracasso da reunião sobre a crise na Ucrânia, prevista para a próxima quinta-feira (17), em Genebra. A ameaça é uma reação ao aumento de tensões entre Moscou e Kiev, após o envio de tropas ucranianas para a fronteira entre os dois países.

O secretário de Estado norte-americano John Kerry já está discutindo sanções contra a Rússia com seus parceiros ocidentais.
O secretário de Estado norte-americano John Kerry já está discutindo sanções contra a Rússia com seus parceiros ocidentais. REUTERS/Larry Downing
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O governo norte-americano já está em contato com seus parceiros da comunidade internacional para discutir as medidas de pressão contra a Rússia. “Não apenas nós antecipamos as novas sanções, como também preparamos novas etapas”, declarou a porta-voz da Casa Branca, Jennifer Psaki, ao comentar uma conversa telefônica nesta terça-feira (15) entre o secretário de Estado norte-americano e os chefes da diplomacia francesa, alemã, britânica e do bloco europeu. Segundo ela, isso poderia significar ações contra cidadãos russos, mas também a proibição de acesso a setores econômicos importantes, como minas, energia ou serviços financeiros.

No entanto, os Estados Unidos pretendem esperar até quinta-feira, quando uma reunião internacional sobre a situação ucraniana será organizada em Genebra, para se pronunciar sobre as possíveis sanções. Esse será o primeiro encontro sobre a crise da Ucrânia a reunir, em um mesmo local, representantes de Kiev, Moscou, Washington e da União Europeia.

Segundo informações divulgadas por Berlim, "apesar das divergências sobre a interpretação dos eventos atuais", a chanceler alemão Angela Merkel também discutiu por telefone nesta terça-feira sobre os preparativos da reunião na Suiça com o presidente russo Vladimir Putin. 

Tropas na fronteira

As declarações do governo norte-americano são feitas em um contexto de tensão extrema entre Kiev e Moscou. Nesta terça-feira o governo ucraniano enviou tropas para a fronteira entre os dois países, na região de Slaviansk, cidade tomada por separatistas pró-Rússia. O premiê russo Dmitri Medvedev disse que a Ucrânia está “a beira de uma guerra civil”.

Washington apoiou o envio de soldados ucranianos na região. Segundo a Casa Branca, Kiev está vivendo uma situação “insustentável” com os movimentos separatistas. De acordo com o governo norte-americano, as operações militares lançadas pela Ucrânia nos últimos dias são “comedidas” diante do contexto entre os dois países. 

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