Exército ameaça intervir se violência continuar na Tailândia
O exército tailandês ameaçou hoje (15) intervir na crise da Tailândia, depois da explosão de granadas no centro de Bangcoc que deixou três manifestantes mortos. Também hoje, a comissão eleitoral do país pediu o adiamento das eleições previstas para 20 de julho.
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“Se a violência continuar na Tailândia, os militares deverão intervir para restaurar a paz e a ordem”, indicou nesta quinta-feira o poderoso chefe do Exército, Prayuth Chan-O-Cha. Ele fez a declaração em um dos raros comunicados divulgados pelos militares em seis meses de crise.
Segundo o texto, “as tropas poderão ter que recorrer à força para resolver a situação”.
Adiamento das eleições
A advertência do exército foi feita poucas horas depois que a comissão eleitoral tailandesa pediu o adiamento das eleições legislativas, marcadas para o dia 20 de julho. Para a comissão, o clima de tensão social pode prejudicar a votação.
Esta manhã, três manifestantes antigoverno morreram e 24 ficaram feridos na explosão de duas granadas em um acampamento dos opositores no centro da capital Bangcoc. Desde o início da crise, há seis meses, 28 pessoas morreram nos confrontos.
Protestos
O movimento dos Camisas Vermelhas, que apoia a primeira-ministra destituída Yingluck Shinawatra, ameaça o país com uma guerra civil se os outros integrantes do governo também forem destituídos. A oposição, que mantém o acampamento diante da sede do governo exige a nomeação de um primeiro-ministro neutro e não é a favor da realização das eleições.
Depois da destituição de Yingluck em 7 de maio por abuso de poder, Suthep Thaugsuban, próximo da premiê destituída, foi nomeado primeiro-ministro interino da Tailândia até as eleições legislativas.
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