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Iraque/ insurgência

Premiê iraquiano convoca Parlamento para formar governo

O primeiro-ministro do Iraque, o xiita Nouri al-Maliki, convocou o Parlamento para a formação de um governo no país. A reunião acontecerá no dia 1º de julho. Diante da ofensiva dos radicais sunitas, a comunidade internacional tem pressionado pela criação do novo governo, após as eleições de 30 de abril.

O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, recusou os apelos internacionais para formar um governo de emergência.
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, recusou os apelos internacionais para formar um governo de emergência. REUTERS/Brendan Smialowski/Pool
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Os Estados Unidos querem que os futuros ministros representem as diversas comunidades iraquianas. Nouri al-Maliki é acusado pela oposição de ter marginalizado a minoria sunita, o que contribuiu para a insurreição dos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

“Nós devemos avançar em duas vias paralelas. A primeira é o trabalho em campo e as operações militares (...) e a segunda é a continuidade do processo político, a reunião no Parlamento para eleger um chefe do Parlamento, um presidente e a formação de um governo”, declarou o premiê ao ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague.

A ofensiva-relâmpago dos insurgentes e outras milícias sunitas – formadas por ex-membros do partido Baath, de Saddam Hussein – resultou na tomada de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, e de Tikrit, importante polo petrolífero do país. Ontem, o premiê tinha excluído a hipótese de formação de um governo de emergência, ao contrário do que pedia Washington.

Ataque da Síria

Maliki informou hoje, à emissora britânica BBC, que a Síria disparou contra insurgentes localizados no lado sírio da fronteira com o Iraque, na terça-feira. O premiê afirma não ter solicitado a intervenção, mas “recebe favoravelmente” qualquer ação contra os rebeldes, que ultrapassam as fronteiras iraquianas e se espalham pela região. O ataque das forças sírias teria ocorrido depois que os jihadistas tomaram o controle da cidade iraquiana de Al Qaim, no limite com a Síria.

O líder xiita Moqtada al-Sadr, por sua vez, pede a formação de um governo “com personalidades de todos os lados, sem cotas religiosas”. Adversário de Maliki, al-Sadr é contrário à presença no Iraque dos militares americanos enviados por Washigton para aconselhar as forças de segurança iraquianas na batalha contra o radicais sunitas, que ele promete combater. O líder é o chefe do Exército do Mahdi, uma milícia xiita que era uma das protagonistas dos combates contra a ocupação americana, a partir de 2003.
 

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