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Iraque/jihadistas

Jihadistas expulsam 200 mil pessoas em Sinjar, no Iraque

Os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque tomaram neste domingo (3) a cidade de Sinjar, expulsando 200 mil pessoas, segundo a ONU. Os combatentes venceram as forças curdas pela segunda vez em dois dias.

Refugiados deixam Mossoul, no Iraque.
Refugiados deixam Mossoul, no Iraque. REUTERS/Stringer
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A tomada de Sinjar, a 50 quilômetros da fronteria síria, representa uma nova vitória para os jihadistas, que proclamaram no fim de junho um 'califado' entre o Iraque a Síria. O anúncio foi feito depois que os combatentes invadiram várias cidades e preocupa as minorias xiitas que vivem nos locais.

Situada entre a fronteira síria e Mossoul, Sinjar tem 310 mil habitantes, mas também recebe dezenas de milhares de refugiados que fugiram dos rebeldes sunitas na região nas últimas semanas. A cidade também é conhecida por ser o reduto histórico dos yazidis, uma minoria curda adepta de uma religião pré-islâmica, oriunda do zoroastrismo. Os jihadistas os consideram com adoradores do diabo.

Segundo um responsável do UPK (União Patriótica do Curdistão), os jihadistas destruíram o santuário de Sayyeda Zeinab, filha do imã Ali e figura venerada pelos xiitas. O emissário da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov, disse que "uma tragédia humanitária está ocorrendo em Sinjar."

Jihadistas também invadem Zoumar

Ontem, os jihadistas também invadiram Zoumar, uma cidade próxima de Mossoul. Os insurgentes chegaram a tomar o controle de dois campos de petróleo, com uma produção total de 20 mil barris por dia, e de uma pequena central elétrica. Também foram registrados combates perto de uma barragem em Mossoul, mas as tropas de elites curdas ainda resistem, segundo o UPK.

Segundo responsáveis do partido, uma delegação está atualmente nos Estados Unidos para obter um apoio militar, mas isso depende do acordo do governo iraquiano. O problema é que as instituições no país estão paralisadas. O Parlamento tem até 8 de agosto para designar um candidato ao cargo de primeiro-ministro. O premiê Nouri al-Maliki disputa um terceiro mandato.

As forças governamentais têm tido dificuldade em controlar o avanço jihadista. Na noite de sexta-feira para sábado, pelo menos 23 soldados morreram em um ataque em Jourf al-Sakhr, na estrada que liga os redutos dos insurgentes às cidades santas xiitas em Bagdá.
 

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